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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

“A morte de João Batista” - Claudinei M. Oliveira.



Quarta - feira, 29  de Agosto  de 2012.
Evangelho: Mc  6,17-29

            Podemos iniciar nossa reflexão relatando a coragem de João Batista. Não hesitou em nenhum momento em levar a boa notícia para todos de que o Messias estava preste a chegar e se quisesse viver na dignidade do Cristo libertador deveria o homem viver no ensinamento do amor, na paz e na fraternidade.
João Batista para levar avante a missão de preparar o homem para receber o Messias enfrentou os poderosos de forma exemplar. Não aceitava que a discrepância existisse no seio da sociedade. Porém, aqueles que concentravam poder nas mãos e usufruíam dos privilégios, moralmente não respeitavam os princípios do bom-convívio. Descaracterizavam a harmonia e o respeito ético, não priorizavam a solicitude entre as pessoas e para eles quem tinha poder deveriam comandar o povo da maneira mais enérgica, ou seja, o povo deveria ser governado “a ferro e brasa”.
O que aconteceu então para matar João Batista? O que fez para receber tal  sentença severa? Por que Herodíades pediu a sua filha a cabeça do profeta do deserto? Por que o rei Herodes aceitou o pedido da moça?
Não queremos esgotar as perguntas e nem as repostas, mas podemos tentar compreender  o fato narrado pelo evangelista Marcos.  Entretanto, temos uma resposta ápice deste contexto: “João Batista morreu pela sua coragem de denunciar as coisas erradas e, para calar a voz do deserto, o caminho mais fácil foi tombar o profeta, ou seja, os poderosos não aceitaram ser questionados quanto suas atitudes nefastas e nojentas”.
Tudo aconteceu por causa da esposa de Felipe, irmão de Herodes. Ele queria casar com Herodíades, mas João Batista advertia: “não te é permitido ficar com a mulher de teu irmão”. Por causa desta máxima, Herodíades queria acabar com sua vida. Acreditava que João Batista era um estorvo para sua prática suja. Na verdade, Herodíades queria ficar com Herodes por causa de sua fortuna e prestígio. Logo a moral e o respeito deveriam ser ignorados. Mas para João Batista, Herodíades deveria ainda respeitar a honra e a consciência de seu esposo Felipe.
Mas Herodes tinha medo de dar cabo à vida de João. Temia algo inesperado. Sabia que João era homem simples, mas de imensa sabedoria. Tudo que estava pregando era verdade. Mas o poder poderia falar mais alto.
Foi o que aconteceu. Herodes prometeu a filha de Herodíades qualquer coisa que pedisse. Como rei, autoridade máxima, cumpriria o pedido.
Não tardou para Herodíades colocar seu desejo em evidência. Fez sua filha pedir a cabeça de João Batista numa bandeja de prata. Desejo pedido, palavra de rei, desejo realizado. A cabeça de João Batista foi desfilada numa bandeja por todo o salão.
A cabeça de João Batista numa bandeja representa a prisão do povo. Representa a falta de liberdade, falta da praticidade da ética e da moral. Representa o desprezo dos governantes pelo povo. A cabeça de João Batista representa a falta de fé e de amor dos grupos privilegiados. As únicas coisas que alimentam a vida dos gananciosos são  os prazeres de matar, de inibir e de enterrar o pensamento livre de acordo com os ensinamentos.
A falta de fé e de compromisso com a vida pode levar a tal feito nada agradável. Onde Deus não é aceito e seus preceitos são banalizados a dignidade e a verdade tem outras tonalidades. O mundo nefasto ainda persiste  no contexto atual. São notícias pavorosas veiculadas nos meios de comunicação quanto à banalidade do respeito: são pais, tios, primos, sobrinhos  abusando sexualmente de seus parentes menores, são homens e mulheres pagando para satisfazer o desejo libidinoso, são famílias sendo destruídas por outras pessoas que entra  no contexto família, enfim, são traições, abusos e destempero de pudor que assolam a sociedade que deveria estar preparada para viver na fraternidade.
João Batista denunciava estas misérias em seu tempo. Não permitia que uma sociedade  estivesse suja para receber o Messias, tanto que preparava o povo batizando para conversão dos pecados. Mas a sociedade dos poderosos não aceitava os ensinamentos de João e procurava retirar de cena para continuar o vexame.
O que temos de exemplo neste Evangelho  é um homem que morreu por pregar a verdade e deve nos motivar para continuar a luta da desmistificação da sociedade. Os filhos do Homem devem respeitar uns aos outros, devem preencher a vida com beleza da divindade, devem colocar o Messias no primeiro plano e fazer acontecer à vida plena na sociedade.
Enfim, mataram João Batista para continuar a sujeira do pecado. Mas a idéia deste homem que lutou até sua morte não deve morrer com o seu corpo, a ideias ou os ensinamentos devem crescer para dar vida com perspicácia para todos. Sejamos um João  Batista que soube representar Jesus e colocamo-nos a serviço da verdade com amor. Amem!
Claudinei M. Oliveira.

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