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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Corpus Christi - Diac. José da Cruz




07 de Junho – Festa de Corpus Christi - Diac. José da Cruz
Evangelho Marcos 14,12-16.22 – 26

CORPUS CHRISTI - O ALIMENTO NOVO

Entre tantas tarefas sublimes que a vocação de ser mãe confere às mulheres, há uma em especial: a alimentação que vai desde a amamentação no peito, até a idade em que se atinge o uso da razão, onde a criança é totalmente dependente da mãe, para se alimentar. O ato de alimentar um filho requer grande amor e paciência, não só entre os seres humanos, mas também entre os animais, possivelmente seja esse o ato que mais expressa o amor materno, pois sem ele simplesmente a vida não se desenvolve.
Na ótica de alguns profetas Deus é Mãe e uma das particularidades que evidencia esse amor maternal, é a proteção e assistência que Deus dá ao seu povo na travessia do deserto, sobretudo quando sacia a sua fome e sede. Sem alimento e sem água não se caminha e não se chega a lugar algum. Ao desesperado Elias, profeta que fugia da fúria da Rainha Jezabel, após ter derrotado a divindade Baal, em baixo de uma árvore, sobre uma pedra onde o mesmo tinha adormecido por causa do desânimo e do cansaço, o anjo de Deus lhe servirá Pão e água, com a advertência “Levanta-te e come, o caminho é longo!”
O maná e as codornizes, bem como a água que jorrou da pedra, para alimentar e fortalecer a caminhada do povo, o pão e a água que revigorou Elias na sua caminhada de quarenta dias pelo deserto, até o Monte Horeb onde se encontrou com Deus, viria a ser uma prefiguração do verdadeiro e novo alimento.
Caminhar é imperativo cristão de quem vive segundo a Fé e que por isso mesmo têm consciência de que é peregrino nesse mundo, há no livro de canto pastoral uma música que aprofunda o sentido da caminhada “Se caminhar é preciso, caminharemos unidos!”, em meio a essa reflexão sobre a caminhada, não posso deixar de citar meu pai, que gostava de repetir um provérbio italiano “Manjare manjare, camina sempre!” Nosso caminho não tem fim, o infinito é o nosso tempo, há entre nós um sinal de que já chegamos, embora ainda estejamos a caminho.
Esse sinal é precisamente a Eucaristia onde Cristo Jesus, mais do que nos dar um novo alimento, vai além e faz algo que escandaliza os Fariseus e Saduceus: oferece-se a si próprio em alimento, ao dizer “Quem come a minha carne e bebe meu sangue permanece em mim e eu nele”. Comer a carne de Jesus e beber o seu sangue, só será possível se houver um sacrifício, no ritual judaico um animal morria para expiar pecados, um animal morria para render ação de graças e gratidão a Deus, mas sacrificar uma vida humana seria a maior das loucuras, contudo há nesse gesto algo muito mais do que simples heroísmo pois nele o amor atingirá a sua plenitude “Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão”.
Eucaristia, o Corpo e Sangue de Cristo presente na hóstia consagrada, Deus se oculta em um pedaço de pão, em um ato supremo de amor, deu a sua vida para que isso fosse possível, e ao descer do céu na forma de pão, trouxe o céu para nós. No ato de alimentar-se humano, o alimento se transforma em parte integrante do nosso ser biológico, a partir do metabolismo, no ato de alimentar-se com a Eucaristia, algo extraordinário acontece: que nos transformamos no corpo de Cristo, afirma Paulo na segunda leitura de hoje. Somos o Corpo e Sangue de Cristo, nos divinizamos, a transubstanciação, de certa forma, se prolonga em todo o nosso ser, e ao nosso redor naquele momento, os anjos se ajoelham em adoração. Grande mistério, que nossos sentidos não alcançam, a não ser pela fé!
Sublime Sacramento, o maior de todos os tesouros da terra! Olhemos com ternura para a Hóstia consagrada, que nos alimenta e nos conforta, que nos inspira a caminharmos todos juntos como irmãos, pois só assim iremos romper as fronteira da morte “Quem come desse pão viverá eternamente!”.


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