SÁBADO DA 18ª SEMANA DO TC 11/08/2012
1ª Leitura
Habacuc 1, 12 – 2,4
Salmo 9,11b “Senhor, jamais abandonais quem vos
procura”
Evangelho Mateus 17, 14 -20
“ A Fé é essencialmente transformadora...” clericalizar-se
Quantas vezes choramingamos diante de certas
situações dentro da comunidade, que não conseguimos transformar, de quadros
repetitivos, de pessoas que nunca mudam, de atitudes e testemunhos que vão
contra o próprio evangelho. Às vezes até achamos que se tivéssemos algum poder
dentro da instituição da igreja, resolveríamos a coisa do nosso jeito. É comum
certas queixas “Ah se eu fosse o coordenador, ou o Padre dessa paróquia...”.
Não é o poder ditatorial que muda as pessoas e as
situações, mas a Fé em Jesus Cristo, o agir em seu nome, o agir com Cristo,
isso é, do mesmo modo, da mesma maneira que ele. Nesse sentido a Fé
comprometida com a comunhão, é realmente poderosa e capaz de transformar
qualquer situação adversa.
Não se sabe que tática ou estratégia os discípulos
tentaram usar para curar o moço Lunático, mas o que se sabe é que a estratégia
não funcionou e podemos supor que, possivelmente, eles tentaram a seu jeito, a
seu modo, e em si mesmo não tinham, e nem nós temos, força suficiente para
mudar as coisas e derrotar o Mal que oprime e escraviza as pessoas.
Mas essa experiência de uma Fé com tal poder de
transformação, deve iniciar-se em nós mesmos, mudando quem sabe, certos
sentimentos estranhos ao Cristianismo, que insistem em se fazer presentes em
nosso coração, pensamentos de grandeza, de dominação, ressentimentos e mágoas,
espírito de grandeza que nos leva a concorrer com o outro. Primeiro é preciso
consertar a casa, para depois experimentarmos esse potencial de uma Fé
transformadora nas situações que nos rodeiam no dia a dia, ou nos
acontecimentos da comunidade.
Mudar
a situação não é TER FÉ QUE VAI DAR CERTO., mas é FAZER A COISA CERTA, sempre
ao modo de Jesus, é a Fé que nos compromete e
que nos envolve com todas as pessoas e situações de nossa v ida, sem
esquivarmo-nos ou nos omitir. A Fé como um grão de mostarda, que Jesus nos
apresenta na exortação final deste evangelho, é semente pequenina, com
potencialidade de crescer de tal modo que possamos transportar montanhas e
remover quaisquer obstáculos que impeçam o coração humano de viver a comunhão
com Deus, na relação com os irmãos, expulsando para longe os demônios que
insistem em permanecer no coração dos homens.....dividindo e separando,
deturpando as relações fraternas.
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