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terça-feira, 14 de agosto de 2012

“Perdoar quantas vezes for possível!” - Claudinei M. Oliveira.



Quinta - feira, 16  de Agosto  de 2012.
Evangelho: Mt 18, 21-19,1

            O evangelista Mateus coloca para sua comunidade uma reflexão que ultrapassa o limite do bom senso: o perdão deve ser uma prática constante na vida do cristão e está  reflexão fez sua comunidade repensar a prática do perdão.
Não existe limite para perdoar  o irmão. O perdão é ilimitado. Para os judeus uma pessoa só poderia perdoar o “irmão” quatro vezes. Nada além de quatro vezes. Eram quatro oportunidades para o aprendizado. Se continuassem no erro seria então condenado. Pedro vai além de quatro vezes, pergunta a Jesus se pode perdoar sete vezes. Sete é o número da perfeição, mas além de superar o pensamento judaico, significa perdoar quantas vezes necessárias for. Este era o pensamento de Jesus. Não devemos cansar de perdoar o irmão. Torna-se um atributo e até uma qualidade de um cristão levar o perdão todas as vezes que necessário julgar.
            Por isso Pedro é o apostolo amado de Jesus. Ele supera a expectativa. Vai além das tradições. Ele alcança a essência do cristão. Esta idéia todos os cristãos devem observar e praticá-las no Todo. Não basta ler no Evangelho e fazer lindos comentários, levar a pessoa ao êxtase, esbravejar nos altares da vida com veemência, embasado somente no Santo Evangelho, provocando o  cabisbaixa dos fiéis pacientes.
Na verdade é preciso fazer  a Palavra ecoar para os quatro cantos do mundo, Mas praticar o que está escrito no Evangelho. Viver o que relata o Evangelho. Não viver outras tradições ou outras atitudes colocadas como corretas. Os judeus também perdoavam. Seguiam suas tradições. Mas Jesus fala para Pedro que quatro vezes não liberta o pecador de possíveis pecados, é preciso perdoar outras vezes. O perdão não tem limites para o cristão que quer alcançar a maturidade da salvação.
            Recebemos de Jesus a herança da bondade e do amor. Precisamos praticá-la com muito carinho. Receber os irmãos de braços abertos e convidá-los para fazer parte da família de Jesus. Esta  família é carinhosa e sabe respeitar  cordialmente aqueles que comungam o mesmo Deus e a mesma verdade. Não deve haver tratamento diferenciado na comunidade. Não devo gostar mais de fulano porque concorda com as suas idéias e repelir o  sicrano porque não concorda com as suas opiniões. Devemos sempre lembrar que somos filhos e filhas de Deus e temos a obrigação de conservar a simpatia entre todos.
            Quando perdoamos, de certa forma, estamos distanciando da vingança e aproximando do reino. A justiça constrói o reino. O reino é a casa do Pai. Mas para construir o reino e viver na justiça o perdão é imprescindível. Reino e justiça sem o perdão não acontecem, porque a vingança e o ódio plantados no seio do cristão podem levá-lo a destruição. Assim, a destruição é a morte, o pecado, o rancor ou tudo aquilo que leva a ruína da pessoa. Jesus nas suas pregações sempre procurou demonstrar o convívio fraterno, não o ódio ou comportamento de levar vantagens nas costas dos outros.
            Levar vantagem foi o que aconteceu com a história contada por Jesus a Pedro. O homem devedor foi perdoado da dívida que tinha com seu patrão, mas foi incapaz de perdoar o seu devedor e tentou na marra cobrar o dividendo. Para demonstrar a crueldade mandou até prendê-lo até sair o pagamento. Por castigo, descrita no Evangelho, os empregados correram e contaram para o patrão o ocorrido e por isso foi condenado à prisão até cumprir a dívida. Este homem não entendeu o significado do perdão. Ele fez de conta que entendeu, mas pela arrogância cobrou de seu irmão uma pequena dívida. Não se conteve em ganhar o perdão de um montante exuberante, dito popularmente: impagável, foi além, queria receber uma bagatela por capricho.
            Ao reconhecer o perdão  e perdoar  o irmão, o cristão está comungando o grande perdão que Deus fez para com seu povo. Nosso pai sempre preocupou com seus filhos, chegou a livrar da escravidão do Egito, enfrentou os homens poderosos que excluíam os pequenos e chegou morrer na cruz para livrar o homem do pecado. Deus foi valente ao enviar seu próprio filho Jesus na terra somente para cumprir sua promessa com seu povo escolhido. São exemplos de amor e dedicação para com a Criação. São estes exemplos que devemos nos imbuir para que o coração esteja sempre aberto para o perdão.
            Portanto, sempre nós rezamos a oração do Pai Nosso e pedimos o seu perdão, porque afirmamos para Deus que  perdoamos quem nos ofendeu. Esta linda oração não pode ser rezada de boca para fora, devemos sentir as palavras e fazê-las instrumentos verdadeiros no dia-a-dia. Se rezarmos e prometemos que perdoamos, devemos assim viver. Sejamos, caros leitores, fiéis comprometidos com o perdão na observância da Palavra que nos Salva. Vale à pena conhecer o Deus que nos Salva. Que assim seja, amém!
            Claudinei M. Oliveira

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