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domingo, 28 de outubro de 2012

--Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? - J. Salviano


4º DOMINGO  do ADVENTO

Domingo dia 23 de Dezembro

Maria visita Izabel

Evangelho - Lc 1,39-45

Como posso merecer que a mãe do
meu Senhor me venha visitar?

         Estamos no último domingo do Advento e a liturgia nos aponta para a pessoa de Maria, porque ela é a figura central do Natal, pois graças a sua resposta positiva,  graças ao seu SIM, hoje estamos reunidos para celebrar a Eucaristia. Sejamos seus imitadores, dizendo sempre sim ao chamado diário de Deus para a nossa conversão.
         O Natal está próximo, e estamos prestes a comemorar o mistério da encarnação do Filho de Deus, mistério esse que foi o primeiro passo do Plano de Deus pela salvação da humanidade. Humanidade essa que hoje está se desviando cada vez mais do caminho da casa do Pai. A paixão e morte de Jesus forma o segundo passo deste plano de Deus. E a ressurreição é o terceiro passo que nos traz  a certeza da nossa ressurreição.
         É  Natal, é hora de reconciliação com Deus e com o irmão, é hora de alegria! Mais qual é mesmo o motivo da nossa alegria? Bem. Para começar, hoje acendemos a vela vermelha, a quarta vela da coroa do advento, a vela que representa amor, por isso e a "vela do amor", o amor de Deus por nós. Esse Deus que entregou o seu Filho amado, o Cristo, sol de nossa vida a quem esperamos com toda ternura e alegria.
No domingo passado, Paulo nos convidou a estarmos alegres na segunda leitura.
 "Alegrai-vos sempre no Senhor, repito, alegrai-vos!” , Disse Paulo. E por que insistir tanto na alegria? Ora, o motivo dessa alegria não deve ser apenas pelo sucesso na sua vida, o emprego,  a saúde, as compras, os presentes a abundância de bens materiais, a falta de preocupações, as bebidas que acompanham a farta comida no almoço de Natal, mais sim, o motivo maior da nossa alegria é a certeza de que “o Senhor está próximo”.  Ele está sempre próximo de nós, para nos dar a mão para nos levantar das freqüentes quedas, e nos dar uma vida digna de merecermos um dia a vida eterna.
         Alegria. Pois é. Como já dissemos, Paulo  nos convidou a nos alegrar, a estarmos sempre alegres no Senhor.
         É preciso pois, aqui fazer uma reflexão mais demorada sobre a alegria. Pois assim como existem evangelizadores que obrigam os demais a serem alegres, também existem fiéis ou beatos que pensam que quem não sorri, não é uma pessoa alegre. Pois se é cristão, logo quem não sorri não está alegre no Senhor, como disse Paulo.
         Convém, pois,  questionar o seguinte: Será que todo aquele que vive sorrindo é de fato alegre? E será que o que não sorri é triste mesmo? Do mesmo modo, é verdade que todo aquele que nos recebe sempre com um sorriso franco, é de verdade o mais caridoso? E o de cara fechada? É um grande sovina que não abre a mão para dar nada a ninguém?
         A psicologia no informa que existem vários tipos de pessoas, ou de personalidades, a saber: O líder, o fleumático, o apático, o social e o ativo. Podemos acrescentar aqui, o incrédulo e o religioso, aquele que realmente tem fé. E desses dois últimos, poderemos subdividir, em: Mais ou menos religioso e meio incrédulo.
         Bem. Dessa forma, poderemos classificar também vários tipos de alegria, ou de sorrisos: O sorriso falso, o sorriso interesseiro, o sorriso comercial, o sorriso forçado, o sorriso malandro, ou simplesmente o sorriso daquele ou daquela que é do tipo social.
         Assim, nem sempre o sorriso é uma demonstração do verdadeiro estado do interior da pessoa. Nem sempre o seu verdadeiro estado emocional, pode ser captado pelo seu sorriso. Exemplo: Uma pessoa pode ter uma crise de sorriso, quando se encontra em estado de pressão, ou de medo. Acontece muito com o sexo feminino. Um garota, ou mulher, quando muito nervosa pelo fato de ter de fazer uma exposição em público, começa a sorrir de forma incontrolável. A cantora  momentos antes de entrar ou subir no palco, tem um sorriso diferente, expressado pelo medo da platéia.
         O sorriso interno ou interior:
         Aquele de cara fechada, um sujeito muito sério, costuma sorri por dentro. E podemos captar o seu sorriso nos seus olhos e pelas suas expressões faciais. Geralmente é o tipo de sorriso mais sincero. Sabe por que? Porque por de trás de uma feição dura, está um coração mole, atrás de uma cara fechada, está um coração aberto, um coração mole de uma pessoa caridosa. A cara fechada   é uma defesa natural, pois se essa pessoa se abrir totalmente, todos vão saber que ela tem pena dos que sofrem, e todos ao mesmo tempo correrão atrás dela para pedir, isso e aquilo, e assim ela não poderá atender a todos. Esse é aquele do tipo fleumático. É uma pessoa que absorve os problemas dos outros e sabe ter compaixão.
         Ao contrário, o do tipo social, engana todo mundo. Vive sorrindo, e pensamos que na hora do aperto, poderemos contar com ele. Negativo! Na hora do sufoco, por incrível que pareça, o de cara fechada é que vai lhe dar uma grande força. Ele é o mais caridoso. Só que se esconde atrás da cara feia para se proteger. O sorriso do tipo social, não é necessariamente falso, pois isso é uma predisposição natural do seu modo de ser.
         Já o tipo líder, nem sempre tem um sorriso sincero. Pois como ele consegue arrebanhar a todos geralmente com um largo e franco sorriso, e um forte aperto de mão, por de trás  daquela disponibilidade, está sempre o seu objetivo pessoal a ser alcançado: Melhores, vendas do grupo, melhor colaboração dos empregados, maior lucro da empresa, ganhar a eleição, assim por diante.
         Será que podemos obrigar a todos os cristãos a serem de fato alegres, principalmente alegres por fora, ou para que todos vejam?  Pense: Será que um pai desempregado pode realmente se sentir alegre? Mesmo que tenha muita fé? Será que um indivíduo que teve uma experiência terrível em sua infância, como por exemplo, viu o assassinato do pai ou da mãe, consegue estar mesmo alegre? Sempre sorrindo?
         Muitas pessoas, apesar de confiar em Deus, e de mesmo estar alegres por dentro com  sua vivência espiritual, não conseguem viver sorrindo, externando sua alegria ou mesmo viver plenamente alegres, tendo em vista seus traumas de infância ou decepções da vida presente. Aquela catequista que vivia sempre alegre, de repente todos percebem que o seu semblante mudou de uma hora para outra. E por que? Ela só contou ao padre em confissão. Ela foi traída pelo marido.
         A demonstração mesmo eufórica do estado de alegria, nem sempre é uma coisa viável, e para usar uma palavra em moda no momento, não é uma alegria SUSTENTÁVEL, tendo em vista que a alegria do cristão não deve ser uma alegria interesseira ou falsa, mais sim, uma alegria verdadeira de quem está feliz por dentro, por viver na companhia de Jesus, por sentir a presença do Pai em sua vida, por ouvir Jesus constantemente a lhe falar, a lhe dizer aos ouvidos:"A alegria do cristão não deve ser uma alegria falsa, interesseira, e hipócrita... Esteja sempre alegre, pois um cristão triste é um triste cristão, que apesar de ter fé, não deve praticar muito bem a caridade, e não tem esperança. Esperança na providência e  proteção de Deus em sua vida! Isso é muito lamentável”.
Feliz Natal!   
J. Salviano 

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