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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Vós sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o tempo presente? Padre Queiroz



Sexta-feira, 26 de outubro
Lc 12,54-59

Vós sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o tempo presente?
Neste Evangelho, Jesus nos chama a atenção para uma incoerência nossa, que é fruto do pecado: Somos avançados no conhecimento das ciências e da técnica, mas muito atrasados no conhecimento das coisas de Deus.
“Hipócritas, vós sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o tempo presente?” Essa advertência de Jesus vale de modo especial hoje, em que a humanidade cresce dia a dia no conhecimento das ciências e da técnica, mas parece até que está regredindo no conhecimento do sentido fundamental da vida.
A parábola da caminhada com o adversário para o magistrado reforça a necessidade de andarmos sempre com as contas em dia com Deus, pois quando estivermos diante do Juiz, que é Cristo, não haverá mais tempo para corrigirmos os nossos erros, ou para pedirmos perdão a Deus.
As pessoas conhecem o tempo cronológico, mas não procuram conhecer o tempo da graça. Vivem pesquisando a natureza a fim de utilizá-la, mas não conhecem o Autor e Criados da natureza. Em resumo, as pessoas aprofundam-se na ciência, mas não na sabedoria. A ciência não envolve a vida humana no seu conjunto, que tem duas partes: a terrena e a eterna.
“Não dizeis vós: Ainda quatro meses e aí vem a colheita? Pois eu vos digo: levantai os olhos e vede os campos, como estão dourados, prontos para a colheita!” (Jo 4,35-36). Estão aí as duas realidades: a simples ciência e a sabedoria.
É muito comum, ao andarmos à noite pelas ruas, vermos carros de luxo estacionados na frente de casa de cartomante. São pessoas formadas na ciência do mundo, mas analfabetas na ciência de Deus. Vemos pessoas letradas valorizando o “ter” e se esquecendo do principal que é o “ser”. Pais que, fora do período escolar, matriculam os filhos em cursos caros de inglês, e nem se preocupam em levá-los ao catecismo. Pessoas que se dizem católicas, mas desprezam as leis.
Por exemplo, para combater a AIDS, são apresentados medidas fúteis, já comprovadas que não funcionam, e se esquecem do principal que é o respeito à Lei de Deus.
A multiplicação de seitas, que apresentam, muitas vezes, a religião apenas como meio de adquirir benefícios nesta terra, mas se esquecendo da vida após a morte.
“Estou ciente de que o bem não habita em mim, isto é, na minha carne. Pois querer o bem está ao meu alcance, não, porém, realizá-lo. Não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero” (Rm 8,18-19). Se temos alguma conta a acertar com Deus, vamos fazê-lo logo, porque amanhã poderá ser tarde!
Cristo nos deixou todos os meios para vencermos o mal e fazer o bem: a oração, o sacramento da confissão, a Eucaristia, a vida em Comunidade, a leitura da Bíblia...
Certa vez, um menino passou correndo na rua, na frente da igreja. O padre estava na porta da igreja e aquilo lhe chamou a atenção. Foi até a calçada e viu que lá no fim da rua o menino virou para trás e voltou correndo na mesmo velocidade. Quando estava passando em frente à igreja, o padre gritou: “Menino, vem cá”. Mas nada, ele não parou. Chegando ao outro extremo da rua, ele virou para trás e veio correndo do mesmo jeito.
O padre pensou: eu vou segurar esse menino para ver por que ele está fazendo isso. Quando o garoto estava perto, o padre se colocou na frente dele e o agarrou. O menino ficou assustado, mas o padre o acalmou e lhe perguntou: “Filho, o que você está fazendo?” Ele respondeu: “Não sei!” “De onde você vem?” “Não sei!” “Para onde você vai?” “Não sei!” “Quem é você?” “Não sei!”
Neste momento, um senhor que morava em frente disse: “Iii padre! Esse menino é bobo. Pode largar, porque ele não sabe nada!” O padre largou e o garoto continuou correndo pela vida, para lá e para cá.
Que nós não sejamos também bobos, aprofundando-nos nas ciências da terra, correndo para lá e para cá, mas sem procurar o principal que é responder àquelas perguntas fundamentais da vida, que o padre fez ao menino!
As poucas palavras de Maria Santíssima que a Bíblia nos trouxe mostram que ela entendia muito bem das coisas de Deus e do sentido pleno da vida. Que ela nos ajude a dedicarmos os nossos talentos a “interpretar o tempo presente”.
Vós sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o tempo presente?

Padre Queiroz

Um comentário:

  1. Muito boa essa meditação da Palavra de Deus hoje, tantas pessoas que realmente valorizam o ter e não se importam em ser. ser bondoso, solidário, prestativo com o próximo. Preocupam-se com o que é superfluo e esquecem que não levamos nada desta vida. só o bem que praticamos é o que realmente importa e nos aproxima de Deus.

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