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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Quem não renunciar a tudo que possuir, não pode ser meu discípulo. -Claretianos



Domingo, 8 de setembro de 2013
23º Domingo do Tempo Comum
Outros Santos do Dia: Adélia de Messines (viúva, monja), Adriano e Natália (mártires), Amon, Teófilo, Neotério e Companheiros (mártires), Corbiniano de Freising (bispo), Disibodo de Bingen (monge, bispo), Eusébio, Nestabo, Zeno e Nestor (mártires), Nestor de Gaza (mártir), Sérgio I (papa), Timóteo e Fausto (mártires de Antioquia, na Síria). 
Primeira leitura: Sabedoria 9, 13-18
Quem pode conhecer os desígnios de Deus e penetrar nas determinações do Senhor?  
Salmo responsorial: 89
Senhor, fostes nosso refugio de geração em geração. 
Segunda leitura: Filêmon 9b-10,12-17 
Se me tens como amigo, recebe-o como a mim.  
Evangelho: Lucas 14, 25-33
Quem não renunciar a tudo que possuir, não pode ser meu discípulo. 
A Igreja exige muito pouco para ser cristão. As crianças são batizadas ainda quando recém nascidas e não se exige nada dos pais; tudo o mais, assistência a um breve curso preparatório ao batismo e um vago compromisso de educar a criança e torná-la cristã, segundo a lei de Deus e os mandamentos da Igreja.
Contudo, isto não era assim no princípio. Para ser discípulo, Jesus colocava duras condições, que levavam a quem queria sê-lo a pensar seriamente. Poucos seriamos cristãos, se para isso tivéssemos que cumprir as três condições que, chegado o caso, Jesus exige a seus discípulos. E dizemos “chegado o caso”, porque estas três formulações do evangelho de hoje que vamos a comentar são “formulações extremas”; representam a meta utópica que não devemos perder de vista, estando dispostos a alcançá-la no seguimento de Jesus.
Pela primeira (Se alguém quer vir comigo e não prefere a seu pai e a sua mãe, a sua mulher e seus filhos, a seus irmãos e irmãs e até a si mesmo, não pode ser meu discípulo), os discípulos devem estar disposta a subordinar tudo à adesão ao mestre. Se no propósito de instaurar o reinado de Deus, evangelho e família entram em conflito, de modo que esta impede a implantação daquela, a adesão a Jesus tem a preferência. Jesus e seu plano de criar uma sociedade alternativa ao sistema mundano estão por cima dos laços de família.
Pela segunda (“quem não carrega sua cruz e me segue, não pode ser meu discípulo), não se trata de fazer sacrifícios ou mortificar-se, como se dizia antes, mas de aceitar e assumir que a adesão a Jesus pode levar à perseguição por parte da sociedade, perseguição que é preciso aceitar e suportar como consequência do seguimento. 
Por isso, não é necessário precipitar-se, não aconteça que queiramos fazer mais do que podemos cumprir. O exemplo da construção da terre que exige fazer um bom planejamento para calcular os materiais de que dispomos ou do rei que planeja a batalha precipitadamente, sem sentar-se e estudar suas possibilidades frente ao inimigo, é suficientemente ilustrativo.
A terceira condição (“Todo aquele que não renuncia a tudo que tem não pode ser meu discípulo”), nos parece excessiva. Por si seria pouco dar a preferência absoluta ao plano de Jesus e estar disposto a sofrer perseguição por isso, Jesus exige algo que parece estar acima de nossas forças: renunciar a tudo que se tem, trata-se, sem dúvida, de uma formulação extrema que é preciso entender. O discípulo deve estar disposto inclusive a renunciar a tudo que se tem, se isto é obstáculo para colocar fim a uma sociedade injusta na qual uns recolhe em suas mãos todos os bens da terra enquanto outros passam necessidade para sobreviver. O outro tem sempre a preferência. O próximo deixa de ser um, quando outro passa necessidade. Somente desde o desprendimento se pode falar de justiça, somente a partir da pobreza se pode lutar por ela. Somete a partir daí se pode construir a nova sociedade, o reino de Deus erradicando a injustiça da terra. Para os que costumam tirar o aguilhão do evangelho e que gostariam que as palavras e atitudes de Jesus fossem menos radicais, o texto parece muito duro, pois o Mestre nazareno é tremendamente exigente.
 Não é em vão que o livro da Sabedoria formula hoje, em forma de interrogante, a dificuldade que se tem de conhecer o desígnio de Deus e compreender o que Deus quer. Será necessário para isso receber de Deus a sabedoria e o Espírito a partir do céu para adequar nossa vida à vontade de Deus manifestada em Jesus. Precisamos navegar contra a corrente e ter a capacidade de renúncia total que o evangelho nos pede e à qual devemos estar dispostos. Porém, o que o evangelho nos propõe como exigência racial de Jesus hoje não é tanto o começo do caminho, mas a meta à qual aspiramos, aquilo que devemos tender, se queremos seguir Jesus. Talvez não cheguemos nunca a viver com essa radicalidade as exigências de Jesus, porém não devemos renunciar a isso, por mais que nos encontremos distantes dessa utopia.
Oração: Ó Deus, nosso Pai, que em Jesus te aproximaste de nós e nos fizeste a proposta de ser modelo e caminho: ajuda-nos a escutar seu convite a seguir-te e dá-nos coragem e amor para deixar tudo por tua causa e seguir-te efetivamente, pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor.


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