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terça-feira, 29 de outubro de 2013

A porta estreita da justiça - Helena Serpa


Romanos 8, 26-30 – “orar segundo o Espírito Santo “


Uma das atribuições do Espírito Santo é nos auxiliar interiormente, quando nos dirigimos ao Pai, em oração. Por isso, podemos afirmar que Ele é o grande agente da nossa oração.  Porque não sabemos o que pedir nem como pedir, Ele intercede em nosso favor, “com gemidos inefáveis“. Essa é, portanto, uma prova de que as nossas palavras bonitas, não revelam o que o nosso coração deseja, segundo a vontade de Deus. Por esse motivo, é que nós entregamos os nossos lábios e o nosso coração ao Espírito Santo e Ele mesmo suscita os “sons ininteligíveis” os quais somente o Pai tem conhecimento, porque penetra o íntimo do nosso coração e sabe a intenção do Espírito. Assim sendo, para aqueles que amam a Deus e se deixam conduzir pelo Espírito Santo, por isso, são eleitos, todas as coisas que acontecem contribuem para o seu bem. Quem entrega a sua vida ao Senhor e tem o Espírito Santo como advogado pode ter certeza de que tudo o que ocorre na sua caminhada é por graça de Deus e concorre para o seu crescimento. Não podemos, portanto, nos queixar nem murmurar quando as coisas não estão de acordo com os nossos planos, porque o Senhor que sonda o nosso coração sabe de tudo o que nós necessitamos passar. Além do mais, precisamos estar conscientes de que fomos predestinados (as) a ser  conformes a imagem de Jesus que nos adotou como filhos e filhas de Deus e Seus irmãos e irmãs. Fazemos parte da “multidão” que tem Jesus como primogênito, como nos diz São Paulo, e, consequentemente, predestinados e chamados (as) a sermos justos (as), e, também glorificados (as). Assim como Jesus, nós também sofremos, padecemos, morreremos, mas um dia, ressuscitaremos.
- Você se angustia quando as coisas não acontecem de acordo com os seus desejos? – Você acha que tudo o que já aconteceu na sua vida contribuiu para o seu bem? – Quando você ora você o faz com a ajuda do Espírito Santo? – Você costuma orar em línguas sabendo que o Espírito Santo roga ao Pai pelas suas necessidades?


Salmo 12 – “Senhor, eu confiei na vossa graça!”
É pela graça de Deus que nos conservamos firmes na nossa caminhada de filhos e filhas, porque somente Ela pode nos livrar da morte. Quando nós estamos fora da graça do Senhor, o inimigo se anima e se considera vitorioso e “dono” da nossa alma. No entanto, se nos confiarmos ao amor de Deus, o nosso coração é quem se rejubilará e cantará louvores pelo bem que recebemos.  Que nós possamos, portanto, unidos ao Espírito de Deus permanecer firmes recebendo a Sua graça e a Sua bênção de Pai. Assim sendo, nenhum inimigo triunfará em nossa vida.


Evangelho – Lucas 13, 22-30 – “a porta estreita da justiça”
Jesus seguia para Jerusalém e dava aos Seus discípulos as últimas recomendações, pois lá, finalmente, seria coroada a sua Missão de Salvador da humanidade. No meio do percurso, quando foi questionado pelos por alguns deles sobre quem deveria ser salvo,   Ele nem lhes respondeu a pergunta, no entanto,  deu-lhes um direcionamento oportuno: “Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita…muitos tentarão entrar e não conseguirão”. E continuou a explicar-lhes o que poderia significar a porta estreita quando falou no dono da casa que fechou a porta para aqueles que achavam que O conheciam porque tinham estado com Ele. Por isso, falou: “afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!” Isso nos leva a refletir sobre o tempo de hoje quando convivemos com Jesus na oração, no serviço, no louvor, falando e pregando em Seu Nome, no entanto, continuamos com as nossas práticas injustas. A porta estreita é, portanto, a porta da justiça, quando vivemos conformes à vontade de Deus e nos submetemos a Ele em espírito e em verdade, isto é, na oração e na realidade da nossa vida diária. A nossa adesão à salvação que Jesus veio nos dar implica no nosso esforço para superar as nossas inclinações para uma vida fácil, livre dos problemas e dos sacrifícios pessoais. Precisamos nos questionar em todas as vezes que conseguimos as coisas com muita facilidade, sem esforço próprio, adotando o modelo do mundo, voltados somente para nós e esquecendo-nos de que a justiça é o parâmetro que Deus definiu para chegarmos ao céu. E a justiça é a vivência do amor, do perdão, da bondade, da partilha, da solidariedade, da renúncia, consequentemente a porta estreita é a justiça. Mesmo que tenhamos pregado em Nome de Jesus, mesmo que nos achemos servos e servas fiéis, se não praticarmos a justiça, não teremos lugar à mesa do reino de Deus. A justiça que precisamos praticar requer uma vida de renúncia de nós mesmos (as), de humildade e serviço, de abstinência da nossa vontade própria, de domínio da nossa carne e de uma entrega absoluta ao Espírito Santo de Deus que nos conduz. Mesmo que estejamos pregando em Nome de Deus, ou que estejamos servindo no Seu Santuário, nós poderemos estar equivocados (as) e corrermos o risco de não sermos reconhecidos pelo “dono da casa”. – Como está a sua justiça? – Você tem procurado o caminho mais fácil, que exige menos esforço ou você tem sido fiel à Palavra e aos ensinamentos de Jesus que nos manda amar ao próximo como a nós mesmos (as)?


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