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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O amor de Deus -Alexandre Soledade



Bom dia!
Brinco com as pessoas mais próximas que esse evangelho é um dos mais sintéticos sobre o amor de Deus. Revela um pai que fica na janela esperando a volta do filho que se perdeu ou daquele que, pela imaturidade ou no calor de emoções, tomou decisões impensadas e cujas consequências hoje paga.
Mas quem é esse que Deus espera?
Temos muitas vezes uma ideia inicial errônea. Imaginamos tanta gente que nos cerca, mas esquecemos de lembrar da pessoa mais próxima que conhecemos e deveríamos cuidar– a nós mesmos.
Somos nós que perdemos tempo querendo saber da vida do irmão e não perceber a inveja penetrando silenciosamente o nosso coração; somos nós que apontamos para as pessoas, restando a elas a resignação ou o ostracismo, se na verdade ao invés do dedo, Deus ficaria contente ao ver nossa mão estendida a aquele que necessita que muitas vezes não sabe, não aprendeu ou não tem coragem para pedir ajuda
“(…) Todos nós somos pecadores, mas Deus nos ama tanto que age sempre com misericórdia para conosco, perdoando o que nos pesa na consciência e sempre dando-nos condições para que nos convertamos e possamos viver na sua amizade, afinal de contas, o verdadeiro Pai não quer ver os seus filhos e filhas dispersos pelo mundo e entregues ao poder do pecado e da morte. Tudo isso faz com que uma das maiores alegrias de Deus seja a conversão dos pecadores. Como Deus, também nós devemos agir com misericórdia para com os que erram e dar-lhes condições para que possam converter-se e, assim, vivam a plena alegria de quem se sente eternamente amado por Deus”. (reflexão segundo a CNBB)
Talvez o maior pecado esteja em não permitir que o outro levante ou por orgulho achar que sou melhor que aquele que hoje olha a vida de baixo para cima. “Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender”.
É estranho na concepção que o mundo nos ensinou, ou seja, de ser o primeiro a qualquer custa, mas extremamente magnífico enxergar o irmão sob a ótica de Jesus. O olhar que procura a solução e não enfatiza o problema. É algo bem próximo ao que Dom Bosco TRABALHOU e chamou de PREVENTIVO.
Percebamos uma síntese do método:
1.     pela vontade de os educadores estarem entre os jovens partilhando a sua vida, olhando com simpatia para o seu mundo, atentos às suas verdadeiras exigências e valores;
2.     pelo acolhimento incondicional, força promocional e capacidade incansável de diálogo;
3.     pelo critério preventivo que crê na força do bem presente em cada jovem, também no mais carente e procura de se envolvê-la mediante experiências positivas;
4.     pela centralidade da razão, que se torna bom senso das exigências e das normas, flexibilidade e persuasão nas propostas;
5.     pela centralidade da religião, entendida como desenvolvimento do sentido de Deus congénito a toda a pessoa e esforço de evangelização cristã;
6.     pela centralidade da amorevolezza (amor, “amorabilidade”, amabilidade), que se expressa como amor educativo que faz crescer e cria correspondência;
7.     por um ambiente positivo tecido de relações interpessoais, vivificado pela presença amorosa, solidária, animadora e ativadora dos educadores e do protagonismo dos próprios jovens;
E qual é nosso papel nesse evangelho?
A nós cabe ajudar a mulher a procurar a moeda e não somente ve-la desesperada e ficar dizendo “eu não disse? Eu te avisei!”. É estar com o pastor procurando a ovelha que se perdeu e se já me faltam as forças não somente ficar a olhar as que estão no cercado, mas ter uma atitude pro ativa vendo os defeitos da cerca, falhas na segurança, perigos em volta…
Quem não vê a igreja dinâmica corre o risco de perder o sabor.
Quem perdeu o sabor não é estranho vê-la tratando o irmão como apenas aquele outro (a)
Um imenso abraço fraterno.




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