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domingo, 15 de dezembro de 2013

Jesus nascerá de Maria prometida a José descendente de Davi - Claretianos

Domingo, 22 de dezembro de 2013
4º Domingo do Advento
Santos do Dia:Amasvinto de Málaga (abade), Aristônio do Porto (mártir), Demétrio, Honorato e Floro (mártires de Óstia), Flaviano de Acquapendente (mártir), Francisca Cabrini (fundadora das Missionárias do Sagrado Coração de Jesus), Hunger de Utrecht (bispo), Queremon, Isquirion e outros (mártires do Egito), Tomás Holland (presbítero, mártir), Vicenta Maria López y Vicuña (fundadora das Religiosas de Maria Imaculada), Zenão de Nicomédia (mártir).
Primeira leitura:Isaias 7,10-14
Vejam. A virgem está para dar a luz. 
Salmo responsorial: Sl 23(24),1-2.3-4ab.5-6 (R.7c e 10b)
O Senhor vai entrar, Ele é o Rei da glória.
Segunda leitura: Romanos 1,1-7
Jesus Cristo, da descendência de Davi, Filho de Deus.
Evangelho: Mateus 1,18-24
Jesus nascerá de Maria, desposada com José, Filho de Davi.
Vamos fazer, em primeiro lugar, um comentário litúrgico-pastoral destes belos textos bíblicos numa linha mais tradicional. Depois faremos uma nota crítica.
Na passagem de Isaias hoje ressoa esse anuncia de esperança, do nascimento de alguém que estará permanentemente inserido no meio do seu povo. Parece que estas palavras foram pronunciadas pelo profeta ao rei Acaz, em um contexto em que as esperanças da manutenção da segurança do reino de Judá se centravam mais no poder político e militar, deixando de lado a confiança em Javé. Isaias viu as insistentes tentativas do rei em fazer aliança com seus vizinhos, a fim de defender-se das ameaças do reino do norte, que por sua vez, se havia aliado com outros para defender-se dos poderosos de plantão.
Para despertar de novo a confiança em Deus, o profeta se vale de um fato provavelmente histórico, a gravidez de alguma das donzelas do rei. Assim como essa jovem dará à luz um primogênito, do mesmo modo Deus enviará um descendente davídico que assuma os destinos do povo, no meio do qual estará sempre; por isso seu nome “Emanuel”, Deus conosco. Em base a essa profecia, foi se formando a ideia de que o Messias nasceria de uma virgem. Toda primogenitura em Israel era uma abertura à esperança da mãe ser mãe do Messias; tudo isso devido à própria terminologia empregada, tanto em hebraico como no grego, e depois em nossa língua. Quando Mateus relata a concepção de Jesus, faz eco a esta profecia de Jesus e o cita textualmente.
A segunda leitura é tomada do inicio da carta de Paulo aos Romanos. Aí Paulo relata aos cristãos de Roma sua vocação ao apostolado, para o qual foi eleito pelo próprio Deus. Para Paulo está claro que o evangelho que ele prega é o próprio Jesus Cristo, sua pessoa, sua obra, sua morte e ressurreição. É muito importante para o apóstolo sublinhar que este Jesus é descendente de Davi enquanto humano, porém que Deus lhe outorgou seu Espírito, constituindo-o Messias todo poderoso, Senhor único, ressuscitando-o dentre os mortos. Outra coisa que Paulo realça é que sua atividade evangelizadora lhe foi outorgada por puro dom, por vocação; daí que sua preocupação tenha sido durante toda a vida a dar a conhecer a boa nova de Jesus especialmente aos gentios.
No evangelho, Mateus narra a origem de Jesus Cristo. Maria estava desposada com José, porém ainda não viviam juntos. Isso indica que estavam em um período que chamavam de desposorio ou compromisso matrimonial, período que poderia durar de seis meses a um ano, tempo prudente para o esposo construir o acondicionar a casa onde receberia sua esposa. Nesse tempo a noiva continuava vivendo com seus pais, dependendo do pai até que passasse a depender do marido. A promessa de matrimonio ou desposorio implicava completa fidelidade ao noivo; todo ato de infidelidade era adultério e como tal poderia receber as penalidades da lei mosaica.
Nessas circunstancias, pois, o evangelho narra que Maria ficou grávida; porém, esclarece dizendo “por obra do Espírito Santo”. O fato faria José sentir-se muito mal; contudo, acrescenta Mateus, que “era um homem husto, e para não expô-la à infâmia, decidiu abandoná-la secretamente”. José poderia fazer valer seus direitos, exigir o castigo previsto em lei; contudo, sem dar-se conta, vai colaborando também ele com os planos divinos.
Nestes planos divinos nem tudo está garantido, pois neles também estão envolvidas a liberdade e a vontade humanas. É uma constatação que podemos fazer em toda a historia de salvação, partindo desde o próprio paraíso. Parece que os planos de Deus caminharam sobre o fio da navalha. Um exemplo disso está no relato de Mateus, lido hoje. Porém, nesses planos há sempre uma coisa muito importante que se chama diálogo. Precisamente no diálogo, o anjo fala em sonhos a José, e manifesta como Deus vai incorporando as criaturas ao seu projeto. O silencio de aceitação de José é a resposta que Deus nos pede também a nós. Nós colocamos muitas travas e condições à obra de Deus. Às vezes tentamos “corrigir” a maneira como Deus age; não é necessário! Basta que coloquemos nossa força e vontade a serviço do Plano de Deus, o demais ele sabe o que e como fazer.
Ainda que em nossa passagem se ressalte a figura de José em sua dúvida, em sua aceitação de ser pai de Jesus e de dar-lhe o nome, a verdade é que Maria, que apenas é mencionada, está também aí, recordando-nos sua atitude de fé e submissão aos planos de Deus que são vida para o homem e a mulher de todos os tempos.

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