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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O Reino de Deus é como a semente que cresce sozinha- Enviado por Vera Lúcia


DIA 31 SEXTA - Mc 4,26-34

O Reino de Deus é como a semente que cresce sozinha, e como o grão de mostarda.

Neste Evangelho, Jesus nos conta duas parábolas: a da semente que cresce sozinha e a do grão de mostarda. O Reino de Deus age em nós e no mundo como a semente: tem uma força própria, graças ao Espírito Santo que o assiste. No começo, ele pode parecer pequeno, insignificante e demasiadamente lento, mas é só esperar, que ele se torna grande e forte. Quanta gente não persevera na Comunidade, ou numa pastoral, porque não vê resultados imediatos!
A comparação com a semente é muito apropriada, porque basta ser jogada em terra boa e úmida, que ela cresce por si mesma e vai até os frutos. Também o Reino de Deus é assim; basta não colocarmos obstáculos, que ele vai crescendo, dentro de nós e no mundo. Esse crescimento é lento, como a semente. O homem “vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece”.
No caso da semente de mostarda, há um contraste entre o tamanho tão pequeno da semente e o tamanho tão grande da hortaliça, que “estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra”. O mesmo contraste acontece no Reino de Deus, a começar com o próprio Jesus, que nasceu tão humilde na gruta de Belém, e hoje o “grão de mostarda” cobre a face da terra.
As nossas Comunidades cristãs são às vezes pequenas, fracas, pobres e crescem devagar. Pouca gente participando, a maioria gente simples, humilde, despreparada e sem grandes talentos... mas a sua força transformadora é enorme.
Por outro lado, o reino do mal cresce rápido e tem poder e força diante das estruturas do mundo.
Por isso, muitos cristãos são tentados a desanimar e a desistir.
Ou são tentados a desacreditar nos critérios cristãos e passam a usar os critérios do mundo pecador: ser lobos no meio de lobos; em vez de virar a outra face para quem lhes bate, ou dar também a túnica para quem lhes rouba a capa, passam a usar a violência, a vingança, a mentira; desunir-se da equipe pastoral e agir sozinho...
Isso é colocar a eficácia, isto é, os resultados, acima do testemunho e do exemplo de vida. Na prática, é fazer aliança com o mal, abandonando os critérios de Cristo. O pior é quando começamos a misturar as coisas, não nos firmando nem do lado de Cristo nem do lado do mundo pecador.
Isto é falta de fé na força de Deus, que age através da pequenez, como a semente de mostarda, e que age pela força do Espírito Santo, mas lentamente.
O que Jesus quis com as duas parábolas foi dar-nos ânimo e confiança, para não desanimarmos na luta pelo Reino de Deus, mas perseverarmos, apesar a sua lentidão.
O Pe. José Maria Prada era missionário redentorista da Província de S. Paulo. Ele nasceu em Portugal, em 1928 e foi ordenado em 1953. Trabalhou em Angola, África, até 1975, quando veio para o Brasil. Morou em Garça – SP, em Exu – PE e depois foi nomeado Pároco de Salgueiro – PE.
Em Salgueiro, um dia, um senhor muito influente e rico na cidade o procurou, junto com a sua noive, querendo se casar na Igreja. Ele dizia que morou com uma mulher em outra cidade distante dali, mas sem se casar na Igreja.
Pe. Prada entrou em contato com a Paróquia daquela cidade e esta lhe mandou a certidão de casamento dele. O padre lhe mostrou e disse que não poderia fazer o casamento.
O homem, primeiro prometeu dar muito dinheiro para o padre se ele fizesse o casamento, mas este não quis. Então o homem ameaçou e disse que mataria o padre, se ele não fizesse o casamento. Pe. Prada foi inflexível, disse que morreria, mas não faria o casamento.
Então o homem foi a sua casa, pegou um revólver, veio e deu cinco tiros no Pe. Prada, que morreu na hora. Eram onze horas do dia 29/04/1991.
Na Missa de corpo presente, presidida pelo Sr. Bispo da Diocese, que é Petrolina, e concelebrada por todo o clero da diocese, estavam presentes uma enorme multidão. No enterro, levaram, em uma cruz, a camisa ensanguentada do Pe. Prada.
A semente do Reino de Deus parece pequena e fraca, mas tem uma força incrível. “Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas são incapazes de matar a alma!” (Mt 10,28).
Peçamos a Maria Santíssima, a Mãe da Igreja, que nos ajude a perseverar na nossa Comunidade, sem perder a paciência devido às suas fraquezas, nem sacrificar o nosso testemunho a fim de obter maiores resultados.

O Reino de Deus é como a semente que cresce sozinha, e como o grão de mostarda.

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