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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Jejum de coração - Helena Serpa

07 DE MARÇO  Evangelho - Mt 9,14-15
Isaías 58, 1-9 – “o verdadeiro jejum”

 Por meio do profeta Isaías o próprio Senhor denuncia os crimes do povo de Israel que se vangloriava de cumprir a lei e de praticar a justiça somente porque jejuava e buscava a Deus.    Para eles, o fato de que jejuassem e fizessem sacrifícios e mortificações era o suficiente para agradar a Deus ainda que, ao mesmo tempo, litigassem uns com os outros e cada um se preocupasse apenas com os seus próprios negócios.  Diante disso, o Senhor lhes recomendou: “Não façais jejum com esse espírito, se quereis que vosso pedido seja ouvido no céu!”   A leitura de hoje, portanto, nos motiva a fazer uma reflexão atenciosa sobre a  maneira como estamos oferecendo sacrifícios ao Senhor neste tempo da Quaresma. A oração e o jejum que oferecemos a Deus devem ser acompanhados de um espírito de caridade, de acolhida, de reconciliação, de partilha, do contrário não terão valor nem sentido.  Aos olhos de Deus o verdadeiro jejum é aquele que nos leva a pôr um termo às injustiças, para acolher o que estão necessitados, vendo no rosto de cada irmão, outro Cristo. Jejum e oração não têm razão de ser se não forem vivenciados acompanhados de um verdadeiro espírito de caridade e de obras de justiça. Assim fazendo a nossa luz brilhará nas trevas e veremos atendidos os nossos pedidos de socorro.  – Com que espírito você jejua?  – O que você acha mais importante: jejuar às sextas feiras ou perdoar a alguém que o (a) ofendeu? – O jejum que você pratica tem alguma razão de ser ou é apenas para cumprir uma tabela?



Salmo 50 – “Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido!”

O arrependimento é a porta para o perdão e é muito mais importante do que holocaustos ou sacrifícios. O salmista, arrependido, diz que o seu sacrifício é a sua alma penitente, isto é, arrependida, suplicante. O pecado nos afasta dos irmãos e por isso, nos afasta de Deus, mas a misericórdia do Senhor nos faz voltar ao convívio com os nossos irmãos e nos aproxima do céu porque Deus nunca despreza um coração arrependido.

Evangelho – Mateus 9, 14-15 – “jejum de coração”

Jesus Cristo veio ao mundo também para nos ensinar a dar sentido a todas as nossas ações. No Evangelho de hoje Ele nos orienta a como praticar os atos religiosos, de coração, e não por obrigação.  Precisamos ter em conta de que Deus conhece o nosso coração e percebe claramente as nossas motivações, portanto, quando jejuamos devemos fazê-lo com muita disposição e por amor, sem lamentos nem justificativas.    Há momentos na nossa vida que não nos cabem jejuar nem fazer sacrifícios, mas sim aproveitar a ocasião que nos é oferecida. De que adianta para nós o jejum se o nosso coração não está contrito no sacrifício? Um coração ressentido, vingativo, revoltado não consegue amar nem fazer nada por amor, muito menos jejuar.  Para nós,  cristãos o jejum deve ter um significado de vida e de alegria e uma motivação coerente para a nossa ação. Em outras palavras, deve haver uma razão de ser para o jejum e não somente jejuar por jejuar, sem um motivo que toque o nosso coração.  Os discípulos de Jesus partilhavam com Ele de todos os eventos com alegria e submissão à Sua vontade e aos Seus ensinamentos. Eles estavam perto de Jesus e usufruíam da Sua presença e da Sua companhia, portanto, não tinham clima para jejuar, nem precisavam disso. Há que se ter uma causa nobre e sincera para que  pratiquemos o jejum e o sacrifício.  – Quando você jejua você se sente em paz? – Você gosta de mostrar aos outros que está jejuando? – O que Jesus acha do seu jejum? - Você é uma pessoa que sabe curtir o momento presente como um presente de Deus?


Helena Serpa

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