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quarta-feira, 9 de abril de 2014

" Amar, ou Negar e trair...você decide" - Diac. José da Cruz

TERÇA FEIRA DA SEMANA SANTA 15/04/2014
1ª Leitura Isaias 49, 1-6
Salmo  70 (71), 15

Evangelho João 13, 21-33. 36-38  "A Traição de Judas e a Negação de Pedro"




Neste evangelho, São João, bem naquele jeito que nós já sabemos, faz uma linda reflexão com uma narrativa as avessas! O leitor com certeza, ao tomar contato com este evangelho, se perguntou "Mas em uma hora dramática e terrível dessa, quando já o prenúncio de que dois que estão ali na mesa, irão traí-lo e negá-lo no dia seguinte, Jesus começa a falar em Gloria, porque Nele o Pai foi Glorificado?" Se a gente não comentou com alguém, pelo menos pensou, não é ?
Fazendo uma releitura diferente dos sinóticos, onde a paixão e morte de Jesus apresenta-se como um quadro desolador ao espírito do leitor, João enxerga na paixão de Jesus a sua Vitória definitiva, a sua definitiva Glorificação, dando-lhe inclusive uma postura de Rei e Juiz, invertendo os papéis com Pilatos. Essa idéia de João não foi algo que surgiu depois, mas desde o início de seus escritos, nas Bodas de Caná, por exemplo, ele afirma a Mãe que "A sua Hora ainda não chegou", não a hora da derrota, do fracasso e do fim do sonho, mas exatamente o contrário, o que está nascendo, o que está surgindo, o Reino firma suas raízes sobre o madeiro da cruz, e é um Reino para sempre, que conduzirá os homens á sua plenitude, é o início da nova criação, um novo horizonte se descortina para toda humanidade.
É olhando nessa perspectiva joanina que agora podemos focar Judas e Pedro. Um que o traiu, e outro que o negou. Dois pecados da mesma gravidade. Judas agiu assim, porque já tinha delineado dentro dele o modelo de Jesus que ele queria e ambicionava, para sair-se vitorioso em suas ambições possivelmente revolucionárias, é difícil fazer um juízo sobre a ação do traidor, talvez o tenha traído porque ele o havia decepcionado, por não ser o modelo que ele havia delineado dentro de si, ou talvez o traiu, por acreditar que na hora decisiva Jesus manifestaria o seu Messianismo poderoso e daria a volta por cima, "virando o jogo". Mas são apenas hipóteses...


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