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terça-feira, 8 de abril de 2014

Judas - A Gloria do filho do homem-Canção Nova

15 de abril - Evangelho - Jo 13,21-33.36-38
Antes das celebrações da ceia e da paixão, a Igreja coloca para todos os cristãos a personalidade de Judas, que foi o traidor de Jesus, entregando-o aos seus algozes, depois preso e morto. No evangelho de hoje Jesus levanta a voz e dirigindo-se ao seu  homem de confiança diz: “Faça logo o que você tem de fazer”. Essas palavras devem ter soado nos ouvidos e no coração de Judas quase como uma obrigação, e ele saiu correndo, como se tivesse medo e vergonha da própria sombra, porque teve consciência, naquele momento, de que o Mestre sabia de seus planos e de sua traição. E entanto, não voltou atrás. É pena! Muita gente quis ver nesse fato, uma espécie de predeterminação, como se Judas tivesse sido escolhido por Deus para ser o protagonista de um ato infame, mas necessário.
Necessário por ser a hora da da manifestação plena de seu amor, até o fim, sem recuar diante das ameaças que pairavam sobre ele. É a plena manifestação de sua divindade e de sua eternidade. Contudo os discípulos, na figura de Pedro, ainda são vacilantes.
Voltando ao caso Judas, diríamos que na realidade não era necessário sua atitude. Pois, Jesus podia ter sido descoberto e preso de outro modo. Se Judas, apesar de ser discípulo de Jesus, de ouvir todos os dias seus ensinamentos, chegou a esse ato de traição, é porque tinha tendências e personalidade de traidor, tendências que nascem da ambição, inveja, egoísmo, falsidade, e falta de amor. O mais triste é que se tratava de uma pessoa íntima, porque, como disse o evangelista, ele comia no mesmo prato do mestre. O modo de comer nosso difere do modo de comer dos judeus.
Era do costume deles colocar no centro da mesa bandejas com comida, das quais cada um ia se servindo, e em geral com os dedos, com a mão; costume que vigora ainda entre muitos povos. Judas pertencia aos amigos íntimos de Jesus. E isso é o que causa mais estranheza e tristeza. Que essas considerações sirvam de alerta para nós, que pensamos estar livres de traição só pelo fato de sermos pessoas de igreja e de comunhão freqüente. Onde não existe amor verdadeiro tudo é possível.

OUTRO
Gloria do filho do homem-Canção Nova

Estamos no dia mais movimentado do Ministério Público de Jesus. Trata-se da última Terça Feira que Jesus passou na terra, antes da Sua morte na cruz.
O dia começou bem cedo, com a saída de Jesus e Seus discípulos de Betânia para Jerusalém, e terminou pela noite dentro, num jantar, em Betânia, onde Maria unge Jesus para a sepultura, Jesus aponta o traidor e delineia o conteúdo do novo mandamento e de onde Judas sai possuído por Satanás, para trair o seu Mestre, entregando-o aos principais dos sacerdotes e capitães do templo. Infelizmente, Judas é uma peça na articulação dos chefes religiosos do templo e das sinagogas ao planejarem a morte de Jesus. Felizmente porque tendo sido configurado o ato de traição de Judas, Jesus anuncia a glorificação do Filho do Homem. É a manifestação plena do amor de Jesus, até o fim, sem limites. A partir da traição de Judas a glória de Jesus:Paixão e Morte, é a obra de Sua vida em plenitude, pela qual nos tornamos eternamente perfeitos.
O dia está cinzento e nublado por causa dos bombardeamentos, de acusações e respostas dadas pelo Senhor às ardilosas questões dos fariseus, saduceus e herodianos, sobre a sua autoridade, ressurreição dos mortos, tributo, grande mandamento; fica também o discurso escatológico de Jesus, a profecia da destruição de Jerusalém, ensinos sobre a segunda vinda, condenação dos ímpios e galardão dos salvos.
É um dia terrivelmente desgastante e que só Jesus, o Senhor, podia concretizar. Ele foi fiel, concreto e objetivo. Nada deixou por fazer.
É Terça-feira santa Jesus vislumbra já a Sua futura trajetória na qual com a Cruz às costas e com um sorriso dirá: Está consumado.
O evangelista João dirá várias vezes que se tratava de um ladrão. Logo, alguém de caráter duvidoso, de quem se pode esperar tudo. A traição seria apenas mais uma manifestação da personalidade malsã deste discípulo. Os evangelhos, em geral, referem-se a Judas como alguém que vendeu sua própria consciência ao aceitar entregar o Mestre por um punhado de dinheiro. Entretanto, é possível suspeitar de outras razões desta atitude tresloucada. Será que Judas entendeu, de fato, o projeto de Jesus? Terá sido capaz de abrir mão de seus esquemas messiânicos para aceitar Jesus tal qual se apresentava? Estava disposto a seguir um Messias pobre, manso, amigo dos excluídos e marginalizados, anunciador de um Reino incompatível com a violência e a injustiça? Judas esperava tirar partido do Reino a ser instaurado por Jesus. Vendo frustrado o seu intento, não teria tido escrúpulo de traí-lo? Uma coisa é certa: Judas como muitos de nós, estava longe de sintonizar-se com Jesus. Algo parecido acontecia com Pedro, que haveria de negá-lo. A diferença entre os dois é que este recuou e se converteu à misericórdia do Senhor.
Meu irmão minha irmã o texto de hoje nos revela a Festa já da última Ceia. S. João vai interpretando os acontecimentos de maneira simbólica: atrás do pão, Satanás entra em Judas; já era noite; a morte de Jesus que já ferimos, é a sua glorificação; Pedro, segui-l’O-à depois, mas antes O nega. Espiritualmente está com vontade e desejo de seguir o seu Mestre. Mas a carne impedia-o de fazê-lo. Jesus está cada vez mais abandonado dos homens, ao mesmo tempo em que é o seu Salvador, por isso não olha para traz e segue o Seu caminha. Ele sabe que chegou a hora da glorificação do Filho do Homem: Agora a natureza divina do Filho do Homem é revelada, e por meio dele é revelada também a natureza gloriosa de Deus. E, se por meio dele a natureza gloriosa de Deus for revelada, então Deus revelará em si mesmo a natureza divina do Filho do Homem. E Deus fará isso agora mesmo.
Depois da rejeição dos meios oficiais, vem agora a traição e a negação dos seus. Esta foi a atitude dos dois discípulos. Mas, muitas vezes é nossa também. Quantas vezes depois de um emprego adquirido, depois de uma linda esposa ou esposo maravilhoso, de um filho pedido, uma casa própria, de uma graça recebida, colocamos Jesus de lado e o que é grave trocamo-lO pelos bens temporais e o negamos?
Olhemos para nós e nos perguntemos se somos fiéis ao Evangelho e se O testemunhamos no mundo de hoje.


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