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domingo, 15 de junho de 2014

Eu sou o pão vivo que desceu do céu - Claretianos

Quinta-feira, 19 de junho de 2014
Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo – Corpus Christi
Romualdo, abade (Memória facultativa)
Santos do Dia:Bruno de Querfurt (bispo, mártir), Deodato de Nevers (bispo), Deodato de Jointures (bispo), Gaudêncio (bispo de Arezzo) e Culmácio (mártires), Gervásio e Protásio (mártires de Milão), Hildegrin de Châlons-sur-Marne (bispo), Inocente de Le Mans (bispo), Juliana Falconieri (virgem, fundadora), Ursicínio de Ravena (mártir), Zózimo de Spoleto (mártir)
Primeira leitura:Deuteronômio 8,2-3.14b-16a
Deu-te por sustento o maná. 
Salmo responsorial: Salmo 147,12.13.14-15.19-20 (R.12)
Louva, ó Jerusalém, ao Senhor; louva ao teu Deus, ó Sião.
Segunda leitura: 1 Coríntios 10,16-17
Embora sendo muitos, formamos um só corpo, porque todos nós comungamos do mesmo pão. 
Evangelho: João 6,51-58
Eu sou o pão vivo que desceu do céu, quem comer deste pão viverá eternamente.
O Deuteronômio coloca na boa de Moisés três grandes e solenes discursos diante do povo, antes de entrar na terra prometida. Alguns estudiosos catalogaram o Deuteronônio como o “testamento de Moisés”, referindo-se às suas últimas palavras, cheias de unão e de uma profunda espiritualidade. Moisés faz memoria do passado para dar sentido ao hoje de cada geração.
A primeira palavra de nosso texto é “recorda”. Recordar, fazer memoria, conectar com o passado glorioso, é parte da história de fé, ou da salvação.  Deus, não sometne irrompeu em um momento dado da historia deste povo, mas que esteve presente em todos os momentos alegres e tristes. Nunca o abandonou. Mais ainda as provas sofridas no deserto, foram necessárias para amadurecer, para confiar, para viver exclusivamente de Javé, sem apoios humanos.
O deserto é símbolo da fé pura. A fome, necessidade básica e urgente se converteu em prova para media a fé-confiança em Deus que sacia plenamente. Mais tarde, em uma sociedade próspera e consumista, o povo se esqueceu de Javé. Foi então quando estes discursos de Moisés adquiriram plena atualidade. Eles lembram que: “Não somente de pão vive o ser humano, mas de tudo que sai da boca de Deus”.
A partir desta perspectiva o jejum adquire seu sentido profundo. É com lembrar que Mateus retomará este versículo para falar das tentações de Jesus. Na festa de hoje proclamamos Jesus, Pão da vida, antea as fomes de nossos desertos. É o verdadeiro maná que Deus dá à humanidade. Tdos os demais pães (o dinheiro, o sexo, o consumismo, a fama, o poder...) não chegam a sacial plenamente as ânsias de fome do coração humano, mais ainda deixam uma fome maior... Vem então Jesus com sua palavra e seus gestos, com sua proposta de Reino e Aliança e torna possível um mundo cheio de possibilidades onde tudo seja partilhado e ninguém passe necessidade.
Paulo orienta uma comunidade dos perigos da divisão. Aproveita o contexto comunitário da Eucaristia para fazer algumas aplicações práticas a este respeito. A palavra chave é: o Cálice, o Pão... não nos une a todos, no sanguem, no corpo de Cristo? O tema é: A unicão de todos no corpo e sangue de Cristo. Deste modo revela o grave compromisso de unidade (comum união) entre todos. Beber o cálice, comer o pão... expressam o profundo sentido de uma fé comprometida pela unidade, pela fraternidade, pelo amor e pela solidariedade, pela entrega aos irmãos em Cristo.
Se isto não está claro, nossas Eucaristias se tornam vazias de sentido, o som um mero rito religioso intimista, muito longe daquele que Paulo procurou inculcar em sua comunidade. Na sequencia o apóstolo dos gentios retoma o tema com a comparação “o pão é uno... nós somos muitos”... para concluir que ao comungar “formamos um só corpo”. A unidade na diversidade, é um tema de grande atualidade. Porém, também “o corpo” expressa a dimensão sacramental da Igreja na diversidade de raças e culturas expressa o Cristo total.
O capítulo 6 do evangelho de João está consagrado ao chamado “discurso eucarístico”. Os versículos 51-59 revelam uma unidade na expressão: “Viverá para sempre”, com a qual começa e termina nosso texto. Jesus, mediante uma formulação de auto-revelação se declara: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu”. Os judeus não entendiam. Acontece o mesmo em nossos dias. Sem fé é impossível entender este grande mistério.
Ainda que seja explicitado pelo próprio Jesus, sem fé é impossível captar o sentido que encerram essas palavras e seu alcance na vida. Partindo, então, da fé, podemos afirmar com propriedade que Jesus é o Pão de Vida. Isto vale dizer: é aqule que veio, não deste mundo limitado e insaciável, mas de cima, de Deus, para saciar definitivamente a fome enraizada no coração humano. As profundas insatisfações, que são muitas, o cansaço da vida, a falta de sentido, os anseios do coração... encontram neste Pão de vida um remédio saudável. A solidão terrível se transforma em habitação de comunhão de vida.
O crente já não vive para si, é um consagrado, um possuído por uma presença transformadora que o eterniza e dá plento sentido à sua existência. Um dado interessante deste evangelho é relação do alimento (único e sem precedentes), com o sacrifício de Jesus: trata-se de comer seu corpo, beber seu sangue. Ao comungar o corpo e o sange de Cristo o crente não somente recebe, se identifica, se uni a ... como também se capacita a dar, oferecer, entregar uma vida digna... à semelhança daquele a quem comunga.

Oração: Senhor Jesus, que partiste e repartiste teu pão, teu vinho, teu corpo e teu sangue, durante toda tua vida e, na véspera de tua morte, o fizeste também simbolicamente; nós te pedimos que cada celebração nossa “em tua memória, seja fonte de renovação de uma decisão firme de continuar partindo e repartindo, como tu o fizeste, na vida diária, nosso pão e nosso vinho, nosso corpo e nosso sangue, tudo que somos e o que possuímos. Nós pedimos a ti, que nos deste o exemplo, para que nós façamos o mesmo.

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