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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O Mês da a Bíblia-Alexandre Soledade

28 de agosto - Quinta - Evangelho - Mt 24,42-51




Bom dia!
Faltando poucos dias para se encerrar agosto comecei a buscar as referências de reflexão para o mês de setembro, o tradicional mês dedicado a Bíblia.
Esperava encontrar uma direção padrão como nos outros anos, mas algo diferente que casa perfeitamente com a reflexão de hoje me saltou os olhos: Em setembro falaremos muito de JONAS! Mas o que esse misterioso personagem da Bíblia tem haver com a reflexão de hoje?
Primeiramente é preciso deixar claro que a proposta de se estudar Jonas no mês da Palavra de Deus vem da própria CNBB que vê, numa peculiaridade desse homem, algo que precisamos discutir e refletir – a nossa própria conversão
“(…) JONAS É, DE TODOS OS PERSONAGENS DESSE LIVRO, O QUE MAIS PRECISA DE CONVERSÃO. Ele pode ser definido como o desobediente. Aos três imperativos da missão (levanta-te, vai, proclama, Jn 1,2; 3,2) Jonas age em sentido contrário: desce (1,3), foge (1,3), dorme (1,5). Os estrangeiros, tanto os marinheiros quanto os ninivitas, foram mais religiosos, e até o mar, o peixe, a planta, o verme, o vento oriental, todos submetem-se à vontade de Deus. Jonas, ao contrário, mesmo quando parece ser obediente não o é de fato, pois anuncia a mensagem em apenas um dia, quando se levaria três dias para atravessar a cidade…”. (MÊS DA BÍBLIA 2010 – JONAS: CONVERSÃO E MISSÃO – TEXTO BASE CNBB)
Esse evangelho de hoje não apregoa o medo ou o pavor nas pessoas, se bem que para algumas pessoas tudo motivo de ter medo, fugir ou se esconder. Jesus prega a vigilância das nossas ações e não, como já disse, o medo. “(…) Fiquem vigiando, pois vocês não sabem em que dia vai chegar o seu Senhor. Lembrem disto: se o dono da casa soubesse quando ia chegar o ladrão, ficaria vigiando e não deixaria que a sua casa fosse arrombada”.
Frequentemente prendemos nossa imagem no ladrão que espera o momento de invadir uma casa e esquecemos que a casa da qual se refere, é a nossa própria vida.
Jonas e cada um de nós tem muito em comum. Temos uma missão pessoal, uma intimidade com Deus, uma devoção, mas como o próprio personagem bíblico, somos “visitados” periodicamente por um ladrão chamado “nossa vontade”. Constantemente enxergamos assim as pessoas ou as situações com nossos próprios filtros, esquecendo assim que por vezes eles são os mais corretos.
Jonas tinha uma missão, mas não queria fazer. Recusava-se a aceitar que Deus também amava o povo que Nele não acreditava. Jonas não queria investir seu tempo em quem parecia nada se importar, mas diferentemente do pensamento egoísta de Jonas, Deus queria maior comprometimento. E hoje? Nesse evangelho,Jesus volta a pedir que vigiemos.
Vigiar o que? Por ventura consigo ver as palavras que saem de nossa boca? Consigo ver o estrago que causa minhas ações e omissões? Sim, omissões! Na reflexão do texto base a qual faço alusão essa é a grande afirmação: “(…) A pista nos é dada no final do livro, na lição que Jonas é forçado a receber: a misericórdia de Deus está sobre todos os povos e sobre toda criatura. Se a maioria das pessoas não sabe disso É PORQUE FALTA QUEM LHES ANUNCIE ESSA BOA-NOTÍCIA”.  (MÊS DA BÍBLIA 2010 – JONAS: CONVERSÃO E MISSÃO – TEXTO BASE CNBB)
O mês será da bíblia, da mensagem, da boa nova, (…); e o que posso fazer pelo menos nesse mês para que a mensagem chegue às pessoas? Vigiar também é não permitir que a preguiça, nossos “quereres” e nossas opiniões nos impeçam de levar a Nínive, ou a qualquer outra pessoa a mensagem de salvação. O comodismo nos fez criar raízes, precisamos então sair de baixo dessa mamoneira e ir até as pessoas.
“(…) Pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres? E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus”! (Mateus 7, 20-23)
Essa reflexão provavelmente continuará amanhã.

Um imenso abraço fraterno.

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