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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Todos comeram e ficaram satisfeitos.-Claretianos


Domingo, 3 de agosto de 2014
18º Domingo do Tempo Comum
Santos do Dia: Abibas (segundo filho de Gamaliel, citado em At 5,34; 22,3), Asprona de Nápoles (bispo), Eufrônio de Autun (bispo), Gamaliel (citado em At 22,3; 5,34-41), Lídia Purpurária (mãe de família, citada em At 16, 14-15), Marana e Cira (mártires), Nicodemos (mártir, citado em Jo 3 e Jo 7, 50-52), Pedro de Anagni (monge, bispo), Senach de Clonard (bispo), Trea de Ardtree (virgem), Walden de Melrose (abade).
Primeira leitura: Isaías 55, 1-3
Apressai-vos, e comei! 
Salmo responsorial: 144, 9.15-18
Vós abris a vossa mão e saciais os vossos filhos. 
Segunda leitura: Romanos 8, 35.37-39
Nenhuma criatura poderá nos separar do amor de Deus manifestado em Cristo.
Evangelho:
 Mateus 14, 13-21
Todos comeram e ficaram satisfeitos.
A segunda parte do livro de Isaías, ao qual pertence a primeira leitura da liturgia deste domingo nos convida a fazer uma experiência de vida e de fé na Palavra de Deus. Esta pequena exortação encerra os capítulos anteriores, do 40 até o 55, e nos oferece uma poderosa chave para compreender a segunda parte da leitura do livro. No mais, termina com um famoso texto que compara a Palavra de Deus como chuva de vida (Is 55, 10-11).
A fome e a sede são mecanismos fundamentais para os seres vivos. Toda pessoa necessita alimentar-se e beber, pois aos seres humanos, estas necessidades biológicas tem caráter social. Em muitas culturas humanas, nem todas, partilhar a água e o alimento são maneiras de socializar e integrar. O autor então toma essas necessidades vitais e transporta-as para o campo da fé para mostrar aos que creem, que a Palavra de Deus é algo mais que uma simples comunicação divina.
A Palavra de Deus se torna assim uma necessidade que alimenta o corpo e salva. Jesus mesmo, retomando as reflexões do Deuteronômio (Dt 8, 3; 6, 13), combate a tentação, contrapondo a vontade divina ao imediatismo humano (Lc 4, 3-4). O problema da humanidade não é unicamente a satisfação das necessidades básica, mas também, criar e formar uma consciência que exija a justa distribuição dos recursos, que faça com que a humanidade realize o melhor de si e o entregue como solidariedade e justiça num projeto social alternativo em vez de um projeto egoísta.
Porém o autor, como bom poeta e profeta, não se contenta em proferir um ou outro ensinamento; busca, através da associação de imagens, os melhores frutos (trigo, vinho, leite), e faz com que o leitor encontre os melhores conselhos para sua vida.  A palavra de Deus se transforma assim em uma refeição saborosa que pode ser experimentada pela gratuidade de Deus. O cheiro do pão fresco e do vinho bem conservado e do leite fresco nos recordam os dons que Deus deu a seu povo; dons que ajudam o ser humano a construir um corpo forte porém deve ser acompanhado por uma experimentação fervorosa de sua Palavra.
Isaías nos convida a experimentar com sabedoria todos os dons que Deus nos oferece, sabendo que a melhor maneira de expressar gratidão é oferecer gratuitamente aos menos favorecidos os dons que recebemos. O mesmo ocorre com a Palavra de Deus: ela deve ser empregada com sabedoria e generosidade de modo que o povo de Deus não desfaleça. A Palavra de Deus nos convida e convoca a fazer deste “vale de lágrimas” um jardim frondoso onde floresça a justiça e a sabedoria (Sl 72, 1-9).
A multiplicação dos pães propõe a grande tentação de considerar que só a satisfação das necessidades básicas nos conduzem ao Reino. Jesus desejou que seus discípulos fossem mediadores efetivos frente às necessidades do povo, porém não recorrendo à mentalidade financeira que reduz tudo a ter ou não dinheiro (Mt 14,15). É muito fácil, na falta de benfeitor, despedir a multidão para que cada um consiga o seu sustento.  Porém, Jesus não quer isso; ele pede aos seus seguidores que eles mesmos sejam agentes de solidariedade, oferecendo o que são e tudo (o pouco) que tem.
Então, o alimento de três pessoas, cinco pães e dois peixes, se fazem incentivo para que todos se desprendam de sua pobreza e possam então alimentar todo o povo de Deus, que é o que simbolizam as doze tribos. Na intenção do evangelista, Jesus demonstra que o problema não é a falta de recursos, mas sim a falta de solidariedade. “Eu acredito que o mundo será melhor, quando o menor que padece acreditar no menor”.
O que nos leva a Jesus não são suas muitas orações ou cerimônias, mas sim o amor incondicional à sua causa, o Reino, a utopia! Algo que fez Jesus diferente de todos as pessoas da sua época foi sua capacidade de despertar nas pessoas seus melhores sentimentos: amor, generosidade e respeito.
Nós deveríamos amar a Jesus com o mesmo tipo de amor com que ele nos ama. Se ele nos amou com um amor solidário, generoso, compassivo… nós não podemos responder-lhe com orações de devoção ou com explosões de emoção, por que isto não seria amor comprometido. Por isso, se entendemos com que amor Jesus nos amou, estaremos seguros do que Paulo nos diz: nada nos pode separar do amor de Cristo.
Oração: Dá-nos Senhor, além do teu, um alimento que sacie o amor, a justiça, a liberdade, nossa e de todos, especialmente daqueles a quem o mundo de hoje lhe nega a vida. Assim, estaremos realmente contigo e não com um ídolo religioso que quer superar a ti, um Deus de amor, de justiça, de liberdade e de incomparável paixão pelos pobres. Nós te pedimos por Jesus, teu filho e nosso irmão. Amém.




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