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domingo, 17 de agosto de 2014

Tu és Pedro e eu te darei as chaves do Reino dos céus - Claretianos

Domingo, 24 de agosto de 2014
21º Domingo do Tempo Comum
São Bartolomeu, Apóstolo (Festa).
Outros Santos do Dia:Alduíno de Rouen (bispo), Áurea de Óstia (virgem), Emília de Vialar (fundadora), Êutico da Frígia (discípulo de São Paulo), Joana AntidaThouret (religiosa, fundadora), Jorge Limniotes (monge, mártir), Mártires de Cartago (300 mártires, chamados de “massa branca”, não se conhecem os seus nomes), Patrício (abade), Ptolemeu de Nepi (bispo), Romano de Nepi (bispo), Tatião (mártir).
Primeira leitura:Isaías 22,19-23
Eu o farei portar aos ombros a chave da casa de Davi.
Salmo responsorial:Salmo 137(138),1-2a.2bc-3.6.8bc (R.8bc)
Ó Senhor, vossa bondade é para sempre, completai em mim a obra começada!
Segunda leitura: Romanos 11,33-36
Tudo é dele, por ele, e para ele.
Evangelho:Mateus 16,13-20
Tu és Pedro e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
O texto de Isaías se refere, com muita probabilidade, à época imediatamente anterior à primeira deportação. Lembramos que como represália a uma tentativa de rebelião, o império babilônico exilou, no ano de 597 a.C., os membros mais prestativos da sociedade e os transladou para várias cidades e campos da Mesopotâmia. Isto significou um duro golpe para as pretensões da família monárquica que se considerava inamovível do trono.
A profecia de Natam, que na realidade era uma exortação para que o rei se mantivesse fiel à vontade do Senhor, se havia convertido já na época salomônica, em um recurso ideológico para legitimar o monopólio do poder. Ao início do século VI a situação de Judá mudou completamente, com a entrada em cena do império babilônico, que pretendia criar um império mediante a submissão de todos os pequenos reinos e o controle das tribos dispersas por todo o chamado “Crescente Fértil”. Jerusalém era somente uma fortaleza a mais a ser conquistada.
A profecia de Davi se dirige contra as pretensões da classe dirigente que se considerava a proprietária perpétua do trono. O caso mais patético era o dos primeiros ministros, que substituíam o rei na sua ausência. Esses personagens, quase sempre provenientes da alta aristocracia, conquistavam especial importância quando podiam governar o país e usufruir de todas as honras regularmente reservadas ao rei.
Parece que o mordomo do palácio real de Jerusalém, chamado Sobna, se excedeu em suas pretensões e não se contentou em ostentar a “banda” do rei, mas que converteu as chaves do palácio em símbolo de seu crescente poder. Todas estas manifestações de arrogância colocavam em evidência quão arruinadas estavam as instituições monárquicas e o grau extremo de decadência em que havia caído a corte. Isaías pronuncia um oráculo de condenação contra este ministro presunçoso, denunciando todas as arbitrariedades que havia cometido e, ao mesmo tempo, anuncia qual seria o fim de todas as suas façanhas.
Aqueles que havia construído uma tumba elegante para si morreria em um campo desolado, em terras estrangeiras. A chave que o primeiro ministro ostentava, terminaria nas mãos de outra pessoa mais capaz. Os caminhos do Senhor não são os do indivíduo envaidecido e alienado. Tudo que um sistema social constrói sobre a exploração, o abuso do direito e a falsidade, termina irremediavelmente condenado na insignificância.
Paulo, fazendo eco dos hinos à sabedoria, recorda a distância enorme entre as absurdas pretensões individualistas e megalomaníacas e o sábio desígnio de Deus que dispõe unicamente do que é proveitoso para o ser humano.
Esta contraposição entre as desmedidas pretensões de certos indivíduos e grupos sedentos de poder e os insondáveis caminhos do Senhor, se faz patente no episódio do evangelho. Na metade do caminho de Jerusalém, ou seja, na exata metade do processo de formação dos discípulos, Jesus os interroga sobre aquilo que conseguiram captar no tempo em que ele os acompanhou e orientou.
As respostas não surpreendem. De uma parte, o povo que segue Jesus o identifica corretamente como um dos profetas. De outra, o grupo na voz de Pedro, o reconhece corretamente como Messias e Filho de Deus. Porém, subsiste um problema de fundo: tanto a multidão como os discípulos querem condicionar Jesus a viver um modo de ser profeta e uma maneira especial de ser Messias. Discípulos e multidão pedem o que é contrário à vontade de Deus e inconsequente com o ensinamento de Jesus. Parece que o enorme esforço de Jesus não estava surtindo o efeito esperado e que os discípulos, em lugar de mudar de mentalidade, reafirmam suas antigas e erráticas ideias. Contudo, o evangelho quer mostrar que os discípulos ainda devem passar pela experiência da cruz para compreender o verdadeiro alcance das palavras e obras de Jesus.
Jesus sim é o Messias, porém não o Messias triunfalista e prepotente do nacionalismo exacerbado, mas uma pessoa a serviço das mais profundas causas humanas. Jesus sim é profeta, porém não o profeta que anuncia a supremacia da própria religião ou da ideologia de seu grupo, mas o profeta do amor, da justiça e da paz.
As três leituras mostram quão imprescindíveis e certeiras são as sendas de Deus e quão caducos e esquemáticos são nossos caminhos humanos. O evangelho nos convida a aprender de Jesus o caminho autêntico que nos conduz ao Pai, porque “nem todo que diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus”.

Oração:Ó Deus, nosso Pai, que unes os corações de teus fiéis em um mesmo desejo, inspira teu povo ao amor à tua vontade e à firme esperança em tuas promessas para que, no meio das dificuldades da vida, mantenha sempre firme sua confiança em ti e goze da verdadeira alegria. Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém!

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