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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Pode um cego guiar outro cego?-Padre Queiroz

12 de Setembro - Sexta - Evangelho - Lc 6,39-42

Pode um cego guiar outro cego?
Neste Evangelho, Jesus dá um forte recado a todos e todas que têm o encargo de orientar ou formar outras pessoas. Ninguém dá aquilo que não tem.
Quem carrega uma trave no próprio olho, isto é, comete grandes faltas, não tem condições de enxergar bem para tirar o cisco (pequenas faltas) do olho do irmão, do filho, da filha, do aluno, do formando, do súdito...
As pessoas que vivem no pecado, além de não ter bom discernimento para orientar espiritualmente outras pessoas, ainda cometem o pecado da hipócrita, porque dão uma de santos e de exemplos diante do irmão.
“Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho...” Jesus não quer que as pessoas erradas parem de orientar outras; quer que elas se convertam, tirando a trave do próprio olho.
A palavra convence, o exemplo arrasta. Nós precisamos muito mais de pessoas que vivem corretamente do que de pessoas que falam bonito.
A correção fraterna é boa quando é mediação da caridade, e feita com humildade, sem julgar o interior do outro, pois o coração só Deus conhece.
Uma das traves no nosso olho é a soberba, que gera a intolerância diante das fraquezas do nosso próximo. Essa trave impede-nos da análise pessoal e nos leva a crer que somos melhores que os outros. “Não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados”. A soberba nos torna cegos e portanto incapazes de guiar outros cegos.
Se “um discípulo não é maior do que o mestre”, nós devemos ter a atitude compreensiva de Jesus, que acolhia a todos, apesar dos defeitos de cada um, a começar pelos os seus Apóstolos. Deus nos ama e nos aceita a todos do jeito que somos, com defeito e tudo. Essa é a atitude do nosso Mestre, que devemos imitar, tendo um amor universal e sem fronteiras.
Esta parábola é muito parecida com a do fariseu e do publicano. O publicano julgava a si mesmo, o fariseu julgava os outros (Cf Lc 18,9-14).
Certa vez, um dos monges de um mosteiro cometeu uma falta grave. Chamaram, então, o ermitão mais sábio da região, para ir até o mosteiro julgá-lo. O ermitão se recusou. Mas, insistiram tanto que ele terminou por ir.
Antes, porém, pegou um balde e fez vários furos embaixo. Ao chegar perto do mosteiro, encheu o balde de areia e foi caminhando, enquanto a areia escorria pelos furos e caía no chão.
Os monges o avistaram e vieram ao seu encontro. Um deles lhe perguntou o que era aquilo. O ermitão respondeu: “Vim julgar o meu próximo. Meus pecados estão escorrendo atrás de mim, como a areia que escorre deste balde. Mas, como eu não olho para trás e não me dou conta dos meus próprios erros, fui chamado para julgar o meu próximo”. Diante disso, os monges desistiram da punição ao pobre infrator.
Nossos pecados escorrem atrás de nós como a areia daquele balde. “Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que está no teu próprio olho?... Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”. Caso semelhante está na cena da mulher adúltera: “Aquele que não tiver pecado, atire a primeira pedra”.
Maria Santíssima é a Rainha dos educadores, pois criou e formou o próprio Filho de Deus e nosso grande educador. Que ela nos ajude a tirar a trave que carregamos em nossos olhos, a fim de termos condições de ajudar os nossos irmãos e irmãs a tirarem o cisco de seus olhos.
Pode um cego guiar outro cego?

Padre Queiroz


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