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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Pai Abraão compadece-te de mim-Diac. José da Cruz


QUINTA FEIRA DA II SEMANA DA QUARESMA 05/03/2015
1ª Leitura Jeremias 17, 5-10
Salmo 39/40, 5ª “Feliz o Homem que pôs sua esperança no Senhor
    Evangelho LUCAS 16, 19-31
" Pai Abraão compadece-te de mim..."
Parece que Lucas pegou pesado contra o tal do Homem rico nesse evangelho, a súplica do mesmo pedindo compaixão do Pai Abraão, é algo inconcebível. Quem já viu rico pedir compaixão? Só se for para pedir desconto... Jamais, pois o dinheiro compra tudo e o rico não tem necessidade de nada...Mas vamos para mais um exagero de Lucas, "Manda Lázaro que molhe em água a ponta do seu dedo, afim de refrescar-me a língua, pois sou cruelmente atormentado nessas chamas"
O que ? Um rico precisando do favor de um pobre, e que favor! Molhar o dedo e tocar em sua língua. Bom, rico pedindo por compaixão já é coisa esquisita, e ainda por cima, depender do favor de um pobre mendigo, que em vida ficava esmolando no portão de sua mansão....Acho que os ricos que leram essa reflexão de São Lucas, não deixaram de dar boas risadas. Mas por que Lucas inverte a ordem social estabelecida? Quer se vingar dos ricos miseráveis, lembrando que na outra vida tudo vai ser diferente, eles vão sofrer e os pobres irão gozar? Isso também está descartado, o Céu não é lugar para o pobre se vingar do rico, isso não tem cabimento. Este evangelho também não é revolucionário para mostrar a diferença social entre uma e outra classe.
Prestemos atenção em alguns detalhes importantes: o pobre tem um nome, e ao morrer foi carregado pelos anjos ao seio de Abraão. O rico nem tinha nome, e ao morrer foi enterrado como qualquer ser mortal, talvez em algum mausoléu, mas foi enterrado, isso é, tudo acabou ali para ele. Por que? Porque toda a sua expectativa de felicidade e realização humana estava em sua riqueza.
Quanto ao abismo existente entre o rico e o pobre, não foi Deus quem cavou mas ele foi construído ao longo da vida pela atitude egoista do rico, que não permitiu que o pobre fizesse parte de sua vida. Provavelmente até lhe dava esmolas de vez em quando, ou alguma comida que sobrou do almoço, ou um pedaço de pão duro, um sapato velho, uma roupa usada. Mas essas "boas ações" não foram suficientes para garantir o passaporte para o céu, na comunhão com Deus.
De fato, o evangelho não fala que o Rico era má pessoa, e nem que o mendigo fosse um sujeito cristão e que tinha fé. Mas a questão é que, a riqueza o distanciou de Deus e das pessoas, a riqueza de fato dá ao homem a sensação ilusória de que tudo tem e que agora de nada mais precisa. Quando pensa deste modo, o Ser humano se fecha a Salvação trazida por Jesus, e a participação no seu Reino,que se destina principalmente aos mais pobres e necessitados.
Não é pecado ser rico e ter bens materiais, claro, desde que não seja riqueza inícua, fruto de corrupção e roubalheira. O mal é recusar a salvação Divina e fechar-se as demais pessoas, principalmente os mais pobres, que sempre foram e serão os preferidos de Deus. Ser pobre ou rico não vai salvar e nem perder a ninguém, o que importa é Crer em Jesus Cristo, no seu reino de Justiça, Paz e igualdade, viver os valores do evangelho e buscar somente Nele a Salvação com uma conversão sincera.
Porque se cavarmos o abismo entre nós e o próximo, principalmente os mais pobres, estaremos cavando um abismo intransponível entre nós e Deus, e esta solidão devassadora e eterna chama-se Inferno...É para lá que foi o nosso Rico sem nome....(Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)


Um comentário:

  1. Se alguém estiver lendo isto, quero lembrar que temos um site de comentários diários da Santa Missa feita pelo nosso Arcebispo Dom Júlio Endi Akamine, Link: https://sites.google.com/site/gotasdapalavra

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