Quinta-feira,
26 de Fevereiro de 2015
Alexandre, Paula
Montal
Ester 14,1.3-5.12-14:
Não tenho outro auxílio fora de ti, Senhor
Salmo 137: Quando te
invoquei, me escutaste, Senhor
Mateus 7,7-12: Quem
pede, recebe!
7
Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. 8 Porque todo aquele
que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, abrir-se-á. 9 Quem dentre vós
dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão? 10 E, se lhe pedir um peixe,
dar-lhe-á uma serpente? 11 Se vós, pois, que sois maus, sabeis dar boas coisas
a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe
pedirem. 12 Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles.
Esta é a lei e os profetas.
COMENTÁRIO
As
ações de pedir, buscar e chamar, esboçadas na primeira parte do texto,
referem-se à atitude permanente que devem ter os seres humanos para com Deus,
que não se faz indiferente frente a esses clamores, mas que mostra sua infinita
bondade como resposta amorosa aos pedidos, buscas e clamores de seus filhos.
Em
segundo lugar, o texto confronta os possíveis ouvintes de Jesus. De maneira
magistral lembra a natureza das relações pai-filho, nas quais regularmente os
pais são bondosos ante o pedido de seus filhos. Esta relação natural vai servir
como ferramenta para que, até os que se consideram “maus” sintam que em seu
coração habita um fio de amor que é tido em conta por Deus.
Sempre
os seres humanos nos encontramos repletos de necessidades e urgências de todo
tipo. Esta realidade nos permite, por um lado, reconhecer a finitude de nossas
possibilidades e, por outro, exige de nós um diálogo consciente e permanente
com Deus através da oração. Nesse sentido, pedir, buscar e chamar são atitudes
que devem caracterizar nossa espiritualidade. Fazer pelos outros o que queremos
que os demais façam por nós é a chave para o desmonte das estruturas egoístas
que hoje reinam e para dar passagem à civilização do amor e da solidariedade.
Somente assim estaremos em plena sintonia com o projeto de Deus.
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