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domingo, 29 de março de 2015

O SERVIÇO É O CENTRO DO AMOR – Maria de Lourdes Cury Macedo.

Quinta-Feira Santa, 02 de abril de 2015.
EVANGELHO DE Jo 13, 1-15

Na 5ª Feira Santa inicia-se o tríduo pascal que significa três dias: o dia da paixão, o dia da sepultura e o dia da Ressurreição. Por isso, a Missa da Ceia, com a instituição da Eucaristia, a instituição do sacerdócio, a proclamação do mandamento novo e o rito do lava-pés, é a celebração sacramental daquilo que Jesus realizaria na sua carne: o dom da Sua entrega, no corpo dado e no sangue derramado.
O texto de São João evangelista não se refere à Eucaristia, não por esquecimento porque realmente não era o seu objetivo, e nem à páscoa dos judeus, mas sim à Páscoa de Jesus. A verdadeira páscoa é a que Jesus celebrará com sua morte na cruz. Inaugura aqui uma nova era, a Páscoa de Jesus. Para ele, a Páscoa consiste em passar deste mundo para o Pai.
Jesus está plenamente consciente que sua hora está chegando. Não o vai fazer obrigado, mas consciente de que abre o caminho de chegada ao Pai e por amor, pela perfeição do seu amor: “Amou-os até o fim”, Jesus “nos amou até às últimas consequências” isto é, até o fim, até a morte, até a perfeição do amor, entregando livremente sua vida pela salvação de todos.
Jesus quer tomar refeição com seus apóstolos e ainda lhes dar os últimos conselhos e fazer sua despedida. Tomar refeição juntos é sinal de comunhão e partilha. Jesus vive esse clima familiar com os seus apóstolos, mas vai além. Consciente de estar realizando o projeto de Deus, Jesus mostra como esse projeto se traduz em ações concretas, que serão a norma da comunidade: despoja-se do manto (sinal de dignidade do “senhor”) e pega o avental (toalha, “ferramenta” do servo). É o Senhor que se torna servo. Despojar-se do manto significa dar a vida sob a forma de serviço.
Os judeus tinham o costume de lavar as mãos antes e durante a refeição e quem fazia isso eram os escravos, pois era indigno um judeu lavar outro judeu.
Jesus se faz escravo de todos. Jesus faz tudo sozinho: derrama água, lava, enxuga. Mais adiante, ao vestir novamente o manto, não se diz que ele tenha deposto o avental. Dá-se a entender que ele tenha vestido o manto por cima. Isso significa que seu serviço continuará, culminando na cruz quando Ele diz: “Tudo está consumado” (19,30). O lava-pés de Jesus, portanto, se prolonga até a cruz, e nela tem seu ponto culminante.
Com esse ato consciente, deixa claro a ideia de que Deus é o servidor da humanidade (5,17). O episódio do Lava-pés caracteriza o projeto do Pai revelado em Jesus.  Jesus revela a verdadeira face de Deus. Um Deus que se põe de joelhos diante dos homens, o Onipotente se prostra diante deles para servir. Com isso Jesus revela que Deus não é castigador, prepotente, que se assenta no trono para mandar e ser servido.
Fazendo-se servo, torna senhores os seus seguidores, mas senhores enquanto conscientemente lavam os pés uns dos outros.
Jesus lava os pés dos apóstolos para mostrar a humildade e o serviço e mostra que maior é aquele que serve. E nos dá um novo mandamento: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”.
Lavar os pés de alguém significa por-se a serviço do irmão, fazer brilhar para ele a luz da fé, o consolo da esperança a alegria da salvação. Assim como Jesus serviu a todos sendo servo, nós também devemos ser como Ele.
A lição que Jesus nos dá é dupla:
A primeira é uma lição de humildade e de caridade para com o próximo. Ele nos deu o exemplo para que também nós façamos o mesmo.
A segunda, no sentido espiritual, a purificação, que é a necessidade de lavarmos a nossa alma, antes de sentarmos para o banquete da Ceia do Senhor, da Sagrada Eucaristia. Eis porque Jesus comunicou aos seus apóstolos o poder de perdoar os pecados em seu nome. O sacerdote é o Ministro de Deus que pode perdoar os pecados.
 O lava-pés aponta para o compromisso cristão de servir o próprio semelhante. Não se trata apenas de um gesto simbólico, a ser ensaiado na missa de Quinta-Feira Santa: trata-se do compromisso de serviço contínuo aos necessitados.
Meus irmãos e irmãs, o tempo da Quaresma termina na quinta-feira pela manhã. Celebrar a CEIA DO SENHOR é motivo de Fé, Alegria, Amor e GRATIDÃO. Nela vamos reviver os gestos de Jesus e seus ensinamentos, antes da morte d’Ele. Com essa celebração, inicia-se o Tríduo Pascal, que são os três dias que antecedem a maior festa da nossa Igreja – a Páscoa, a Ressurreição de Jesus. O centro da celebração da Quinta-Feira Santa, é o mistério da redenção da humanidade pela morte e ressurreição de Cristo. De modo especial celebramos a Nova Aliança, a instituição da Eucaristia, o Sacerdócio ministerial e o mandamento do amor-serviço fraterno.
Celebrar a Quinta-Feira Santa é aprender e praticar o que Jesus nos ensinou: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”.
 Como Jesus, precisamos lavar os pés dos irmãos. Lavar os pés de alguém significa por-se a serviço do irmão, fazer brilhar para ele a luz da fé, o consolo da esperança, a alegria da salvação. Assim como Jesus serviu a todos sendo servo, nós também devemos ser como Ele.
Ofereçamos ao Senhor a nossa vida de serviço aos irmãos, pois queremos crescer pela graça desta Páscoa. A autêntica conversão a Jesus é assumir o projeto do Pai, tornando-o realidade no amor-serviço aos outros. Somos todos chamados à missão, ao serviço, com o Cristo e por Ele!
Abraços em Cristo!

Maria de Lourdes

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