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quinta-feira, 23 de julho de 2015

A PEQUENEZ NA ORIGEM EXALTA A GRANDEZA DO MILAGRE - Maria de Lourdes Cury Macedo


            Domingo, 26 de julho de 2015.
            Evangelho de Jo 6, 1-15
        
         Jesus encontrou grande resistência e oposição pelas autoridades religiosas dos judeus, em Jerusalém, que queriam até matá-Lo. Neste capítulo 6 Jesus está na Galileia, terra de gente pobre, desprezada e explorada pelas autoridades da capital. Essa gente pobre não rejeita  Jesus, mas o aceita, o acolhe e o segue por causa dos inúmeros milagres que Ele fazia. Era uma multidão que o seguia e a sua fama aumentava cada vez mais.
         O texto de hoje fala de Jesus que atravessa o mar da Galileia, que sobe ao monte e se assenta, cercado por uma multidão que ele organiza, saciando-lhe a fome. O texto situa esses acontecimentos às vésperas da Páscoa.
A Páscoa era a maior festa dos judeus, festa em que eles comemoravam a saída do Egito, a sua libertação das mãos do Faraó, a travessia do mar Vermelho, o maná no deserto, os cuidados que Deus teve com eles no deserto. Jesus fará um milagre que lembra o Maná do deserto que o povo comeu durante 40 anos.
         Jesus inaugura o novo êxodo e a passagem definitiva para a vida. Assim, a travessia do mar da Galileia recorda e supera a passagem do mar Vermelho. Jesus, a liderança que Deus concedeu à humanidade, é o novo Moisés, superando-o. A subida de Jesus ao monte recorda Moisés no Sinai recebendo o contrato da aliança entre Deus e o povo; o pão que Jesus distribui recorda o maná no deserto, e assim por diante.
         Como na festa de casamento, em Caná da Galileia, onde faltara vinho, aqui também, Jesus deixa as pessoas perceberem, sentirem, que não há alguma solução humana, para depois Ele intervir, mostrando seu poder de operar milagres.
         Então Jesus interroga Filipe, mesmo sabendo o que fazer. Filipe responde que “duzentos denários”, isto é, o salário de quase um ano de trabalho de um homem não daria para comprar pão para todos, pois era uma multidão. Isto sem falar onde conseguir tantos pães, mesmo tendo dinheiro.
         André, cujo significado do nome é humano, havia encontrado um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Esse alimento não significava nada diante da multidão faminta que seguia Jesus. O pão de cevada era o pão dos pobres, pão de baixa qualidade.
         Jesus manda o povo sentar para a refeição, pois ele também estava sentado. O gesto de sentar tem um significado importante, pois somente pessoas livres é que sentavam para tomar refeição, os escravos não sentavam. É como Jesus estivesse dizendo para aquela multidão: vocês são livres, nada poderá oprimi-los mais.
         Em seguida Jesus pegou os pães, deu graças e distribuiu aos que estavam sentados, tanto quanto queriam comer. Fez o mesmo com os peixes. Dar graças a Deus é reconhecer que os bens da criação  pertencem ao Criador que criou as coisas para o bem de todos, sem exclusão. O gesto de Jesus significa liberdade e vida para todos. O ensinamento dele não visa acumular para depois distribuir. E sim partilhar o que cada um tem, para que todos fiquem saciados. Esta é a verdadeira Eucaristia: o dom de Deus, associado ao esforço das pessoas, que visam a partilha, a fraternidade e a igualdade.
         Diante do prodígio realizado por Jesus, o povo queria elegê-lo Rei à força, por isso Jesus se retira sozinho para o monte. O povo não entendeu o significado do milagre. A multidão tinha interesse pelo pão material, pelo lado político, que poderia usar Jesus para seus fins nacionalistas. Jesus percebe o interesse  no bem terreno, político, não entendendo o MILAGRE, ou seja, seu lado messiânico, não perceberam que o “Reino de Deus” já estava entre eles. Somente através de sua morte Jesus chegará a ser rei. Somente através da sua morte será o verdadeiro “pão da vida”.
         Jesus sabia que se aceitasse a liderança política contra os romanos, estragaria irremediavelmente sua obra espiritual, já que seu “Reino não é deste mundo” (Jo 18,36). Por isso, para esfriar o entusiasmo e a exaltação popular de cunho político, Jesus se retira sozinho sem discutir com ninguém.
         Quando agimos com liberdade, humanidade e maturidade, o pouco se torna muito e até sobra. Se a humanidade aprendesse a partilhar, todos teriam o necessário e o suficiente, e ainda sobraria muito. A partilha é um sinal de como deveria agir a comunidade dos que seguem Jesus.
         Também saber agradecer a Deus, que em sua bondade infinita, nos dá tanta coisa como o alimento de cada dia. Saber rezar nas refeições e rezar sempre e em todos os momentos importantes de nossa vida. E não só nas horas de dificuldades.
         Abraços em Cristo!

         Maria de Lourdes      

2 comentários:

  1. Maria de Lourdes; um grande abraço a todos vocês deste SITE: todas reflexões são ótimas. Deus abençoe todos vocês.

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  2. Maria de Lourdes; um grande abraço a todos vocês deste SITE: todas reflexões são ótimas. Deus abençoe todos vocês.

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