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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Eu sou o pão da vida, descido do céu-Claretianos

Domingo, 9 de Agosto de 2015

Tema: Décimo Nono Domingo do Tempo Comum

1Reis 19,4-8: Com a força daquele alimento, caminhou até o monte de Deus
Salmo 33: Alegrem-se e vejam quão suave é o Senhor
Efésios 4,30?5,2: Sigam o caminho do amor, a exemplo de Cristo
João 6,41-51: Eu sou o pão da vida, descido do céu
41Murmuravam então dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu.42E perguntavam: Porventura não é ele Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe conhecemos? Como, pois, diz ele: Desci do céu?43Respondeu-lhes Jesus: Não murmureis entre vós.44Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu hei de ressuscitá-lo no último dia.45Está escrito nos profetas: Todos serão ensinados por Deus (Is 54,13). Assim, todo aquele que ouviu o Pai e foi por ele instruído vem a mim.46Não que alguém tenha visto o Pai, pois só aquele que vem de Deus, esse é que viu o Pai.47Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna.48Eu sou o pão da vida.49Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram.50Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer.51Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo.

Comentário


A narrativa do primeiro livro dos Reis está muito bem cuidada e cheia de detalhes que fazem desta simples fuga algo mais profundo e simbólico. Para começar, as alusões ao deserto, aos pais, aos quarenta dias e quarenta noites de caminho, ao alimento, ao monte de Deus, são demasiado claras e numerosas para não reconhecer no caminho de Elias o caminho inverso realizado por Israel no êxodo. Não se trata somente de uma fuga, também há uma busca das raízes que terminará em um encontro com Deus. Também os grandes heróis como Elias e Moisés (cf. Nm 11,15) sentiram nossa debilidade. Elias, desanimado do resultado de seu ministério, foge porque “não é melhor que seus pais” no trabalho pelo reino de Deus e é melhor reunir-se com eles no túmulo (v. 4). Quando o homem reconhece sua debilidade, então intervém a força de Deus (2Cor 12,5.9). Com pão e água, símbolos do antigo êxodo, Elias realiza seu próprio êxodo (símbolo dos quarenta dias, v. 8) e chega ao encontro com Deus. Tal como está narrado episódio de Elias fala do caminho, dos empenhos, das tarefas demasiado grandes para fazê-las com as próprias forças e da necessidade de caminhar apoiados nas forças do alimento que nos mantém.

A segunda leitura é a continuação desta exortação apostólica que desce a detalhes falando daquilo que o cristão deve evitar (aspecto negativo) ou deve fazer (aspecto positivo). Assim, o cristão pode trabalhar na edificação da igreja e não entristecer o Espírito rompendo a unidade (4,25-32ª; 4,3). Este modo de viver encontra seu fundamento naquele que Cristo realizou ou o Pai cumpriu por Cristo. Viver de maneira cristã e viver no amor como Cristo e o Pai (cf. Mt 5,48).Como o Pai perdoa, assim deve fazer o cristão (v. 32b); Mt 6,12.14-15).Como Cristo ama e se doa em sacrifício, assim faz o cristão. A unidade é fruto do sacrifício pessoal. O tema da imitação de Deus, consequência e expressão de ser filhos seus, revela a referência evangélica desta exortação de Efésios (cf. Mt 4,43-48). O Espírito é o elemento determinante do comportamento cristão. Concordando com outras passagens paulinas sobre o Espírito, nesta sua recepção se vincula (indiretamente) ao batismo e se considera como selo, marca, que identificará na parusia a quantos pertencem a Cristo.

 O evangelho de João que lemos hoje começa com o escândalo produzido entre os judeus porque Jesus se equipara ao pão. Porém, mais ainda porque diz que “desceu do céu”. Para eles isto não tem explicação pois conhecem Jesus desde a sua infância e sabem quem são seus pais. Para eles seu vizinho Jesus, visto em sua dimensão meramente humana, não apresenta nenhuma relação com as promessas do Pai e com seu projeto de justiça, revelado deste os tempos antigos.

João utiliza esta figura do escândalo e do não poder ver mais além da dimensão humana de Jesus para dar a conhecer a dimensão que encerra a pessoa e a obra do Mestre. Em primeiro lugar, adesão a Jesus é obra também de Deus; é o mesmo quem suscita a fé do fiel e o atrai através de seu filho. Conhecer Jesus é apenas o primeiro passo no qual se encontram seus concidadãos, porém, aderir à própria fé a ele é o passo seguinte, e exige um despojamento total para poder encontrar nele o caminho que conduz ao Pai. Somente este segundo momento permite descobrir que Deus se revela em Jesus tal qual é, quer dizer, um Deus intimamente comprometido com a vida do ser humano e sua história.

Jesus propõe assumir a passagem da vida humana com um total compromisso. O alimento, que é indispensável para viver, é utilizado como metáfora para fazer ver que para além da dimensão humana de cada pessoa, há outra dimensão que requer também ser alimentada. O ser humano chamado à transcendência de si mesmo, tem que esforçar-se também continuamente para que seu ciclo de vida não fique somente no material. Assim, pois, o conhecimento e aceitação da proposta de Jesus alimenta essa dimensão transcendente do ser humano, que é a entrega total e absoluta à vontade do Pai e a vontade do Pai não é outra que a busca e realização da Utopia da Justiça no mundo em odos os âmbitos (reinado de Deus), para que haja “vida abundante para todos” (João 10,10).

Oração


Ó Deus, nosso Pai e nossa Mãe: nós te pedimos que nos comprometas a fazer crescer “o pão da vida” em todo mundo, para que a humanidade seja feliz e seja reflexo de tua felicidade e do teu amor. Nós te pedimos, animados por Jesus, teu Filho e nosso Irmão. Amém.



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