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sábado, 28 de novembro de 2015

Comentários Prof.Fernando

Comentários Prof.Fernando*      
PRIMEIRO DOMINGO da PREPARAÇÃO para o NATAL (Advento)
29 de novembro de 2015
·                    Refiro-me à sabedoria dos bairros populares (...) que nasce de “uma obstinada resistência daquilo que é autêntico” (Laudato si,112), de valores evangélicos que a sociedade do bem-estar, entorpecida pelo consumo desenfreado, parecia ter esquecido. Sois capazes de tecer ‘laços de pertença e de convivência que transformam multidão em experiência comunitária, onde se derrubam os muros do eu e se superam as barreiras do egoísmo’ (ibid.149). A cultura dos bairros populares, (...) contribuição para o tempo em que vivemos, “tem características muito positivas, que são uma contribuição para o tempo em que vivemos, exprime-se em valores como a solidariedade, dar a vida pelo outro, preferir o nascimento à morte, dar sepultura cristã aos seus mortos; oferecer um lugar para os doentes na própria casa, partilhar o pão com o faminto (...), a paciência e fortaleza nas adversidades”. Valores baseados nisto: cada ser humano é mais importante do que o deus dinheiro. Obrigado por nos lembrar que há outro tipo de cultura possível.
·                   Assim começou a saudação de Francisco em sua visita ao bairro popular de Kangemi (Nairobi) no Quênia (27.11.2015). Como em outros discursos ele retoma (citando frequentes vezes) as reflexões da Laudato si (a carta sobre o cuidado da casa comum, de 24.05.2015). No dia anterior Francisco já havia retomado o tema em sua visita às Agências que são sede da ONU no continene africano (UNON-United Nations Offices in Nairobi), com trechos repetidos do Discurso à Onu (25.9.2015) e do Discurso no II Encontro mundial dos movimentos populares na Bolívia (9.7.2015) (viagem ao Estados Unidos em setembro e a alguns países da América Latina-julho). Não poderia haver melhor comentário à meditação de preparação (Advento, que começa neste domingo 29 de novembro) para o Natal. Nem Francisco poderia deixar de retomar as angústias que procupam toda a humanidade a poucos dias da Conferência internacional sobre o clima (“Cop21”) onde quase 200 países debaterão a questão em Paris (30nov-11dez2015). “seria triste e – atrevo-me a dizer – até catastrófico se os interesses particulares prevalecessem sobre o bem comum e chegasse a manipular as informações para proteger os seus projetos.

·                   A celebração e a liturgia deste domingo falam de vigiar e orar na esperança da restauração completa que virá do criador. (Jeremias33, 14-16: reconstrução; 1ª.carta aos Tessalonicenses3,12-4,2: crescimento; Evangelho de Lucas21,25-28.34-36: a vinda do Filho do Homem). Lucas fala da esperança “escatológica” (=relativa ao “final dos tempos”, ao sentido último da História). Ainda que o reencontro do ser humano com seu criador seja descrito na figura do medo gerado por desastres e cataclismas cósmicos, é – para quem viver na confiança da Fé – motivação e encorajamento: reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação (Lucas21,28).

·                   Paulo (aos Tessalonicenses) ensina que o crescimento é a melhor maneira de nos preparar para a vinda definitiva do Senhor em nossa vida. Não ceder à desesperança e à acomodação é a chance de superar os desafios. O temor e a tarefa, diante do futuro da vida humana no planeta resumem-se a duas questões básicas. De um lado temos de enfrentar a degradação do clima e do meio ambiente; de outro lado, a alarmante desproporção entre produção (num estilo de vida reduzido à exploração pouco inteligente dos recursos naturais) e o número dos excluídos desta riqueza produzida. A Laudato si bem como as outras reflexões de Francisco são uma espécie de campanha mundial pela conscientização da gravidade destas questões e da sua mútua conexão.

·                   Jeremias em seu tempo (1º.texto) apontava para a Esperança da reconstrução da nação após o retorno do exílio. O estímulo vem da promessa: um descendente do grande rei Davi “exercerá o direito e a equidade na terra e então Jerusalém viverá em segurança” (verso 16).

·                   Vivemos tempos de terrorismo e violência urbana. Vivemos num país que assiste a morte lenta de suas florestas (ou a morte rápida de seus rios como na tragédia de Mariana). São desastres ambientais irreversíveis, provocando a extinção de peixes e flores, mas, sobretudo, o gradativo desaparecimento da vida para os habitantes da terra. No âmbito sócio-político, o povo “sobrevive” procurando emprego e os serviços das escolas e do atendimento na área da saúde.

·                   Esta preparação para o Mistério do Natal do “Filho do Homem” ajuda-nos a começar um novo ano celebrativo 2015/16. “Vigiar e orar” levam a crer e agir, cada qual fazendo a sua parte.

oooooooooooooo ( * ) Prof. (Edu/Teo/Fil, 1975-2012) fesomor2@gmail.com

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