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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

O mistério de Deus-Alexandre Soledade

8 de Janeiro-Evangelho - Lc 5,12-16

Bom dia!
Quantos passaram a procurar Jesus pelo que falavam de bem dele. Não acredito que eram apenas os milagres que traziam as pessoas. Lembrem de ontem.
“(…) Todos começaram a elogiar Jesus, admirados com a sua maneira agradável e simpática de falar” (Lucas 4, 22a).
Agradável e simpática na forma de falar!
Tenho tanta convicção disso que me entristeço pelas pessoas que conduzem outras a Jesus por coisas passageiras, mas ao mesmo tempo alegro-me por que vieram. Como diria um frei da nossa comunidade quando questionado sobre aquele famoso dizer popular que acostumamos a ouvir “os piores estão na igreja” ele respondeu:
“(…) – Sim, pode ser, mas pelo menos são pessoas que reconhecem, mesmo sem saber, sua pequenez e dentro da igreja procuram algo melhor, crescer, amadurecer, enquanto outros acham que não precisam”!
Mas o que adianta Deus arrebanhar seu povo se nós mesmos não os deixamos entrar? Já falei isso e volto a afirmar: criamos regras impossíveis para quem acabou de ter o encontro ou a epifanias de Deus em suas vidas e vivendo essa nova experiência querem ardentemente voltar. Não estou falando das regras que cada igreja tem, mas das “regras” que nós impomos as pessoas.
Regras do tipo “EU NÃO TE DISSE”, “FALEI QUE VOCÊ IA QUEBRAR A CARA”, “VOCÊ NÃO ME OUVE”, “QUE ROUPAS SÃO ESSAS?”,…
Jesus corria dos holofotes e dos “tapinhas” nas costas. Tentava sem sucesso passar despercebido aos olhos dos mestres da lei, mas duas coisas nele eram rotina: OPTAR SEMPRE PELAS PESSOAS E SE AFASTAR PARA ORAR.
OPTAR PELAS PESSOAS
Quem era o centro da atenção na mensagem de Jesus? As pessoas. Em várias canções do padre Fábio de Melo ele destaca o humano lado de Deus, ou seja, atento ao sofrimento, um Deus próximo, que luta junto, mas não necessariamente precisa dizer SIM a tudo que queremos ou que fazemos.
Quantos irmãos precisam apenas de uma nova chance? Como posso cobrar tanto aquele que nunca tive tempo de ensinar? Como posso perdoar com tanta rapidez um amigo que nos traiu, mas guardar mágoas eternas de quem anda conosco há tanto tempo? Dá-se a impressão que selecionamos, sem querer, quem merece ou não, ser curado.
AFASTAR PARA ORAR
É preciso deixar bem claro…
O evangelho fala de cura, mas ela, ou qualquer outro prodígio, é um ato livre do Senhor. O que cura verdadeiramente não são as mãos do pregador, do pastor, do padre, mas a misericórdia infinita de Deus sobre aquele que pede e consegue tocar ao Senhor.
“(…) Aqui entramos no mistério de Deus. Nós não conhecemos os planos d’Ele na escolha de quem será atendido. Conceder uma graça ou uma cura é um ato livre do Senhor”. (livro “Como se faz um santo” – Cardeal Saraiva Martins)
Jesus sabia que precisava estar em sintonia profunda com Deus para exercer seu ministério, sendo assim, proponho uma auto-reflexão: o quanto paro ou me retiro para rezar antes de tomar uma decisão? Sou ainda movido pelo primeiro impulso? Falo o que vem “na telha”? Afastar e orar também podem ser um sinônimo de DISCERNIMENTO
Boa parte dos problemas poderia ser solucionada se não tomássemos atitudes sem pensar ou movidas pelo “calor” do momento, movida por emoções… Como espero ter raciocínio lógico em meio a uma situação complicada? Como explicar a alguém que sofre que Deus existe?
Deus precisa ser apresentado às pessoas, mas não apresentado como o grande culpado. Frases do tipo “FOI DEUS QUE QUIS” devem ser bem pensadas ao serem ditas. Devemos favorecer esses encontros e não afugentar as pessoas.
Um Imenso abraço fraterno!


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