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quinta-feira, 7 de abril de 2016

Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe-Claretianos

Domingo, 10 de Abril de 2016
Tema: 3º Domingo da Páscoa
Atos dos Apóstolos 5, 27b-32.40b-41: Disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo.
Salmo 29(30): Eu vos exalto, ó Senhor, por vós me livrastes.
Apocalipse 5, 11-14: O Cordeiro imolado é digno de receber o poder e a riqueza.
João 21, 1-19: Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe.
1Depois disso, tornou Jesus a manifestar-se aos seus discípulos junto ao lago de Tiberíades. Manifestou-se deste modo:2Estavam juntos Simão Pedro, Tomé (chamado Dídimo), Natanael (que era de Caná da Galileia), os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos.3Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe eles: Também nós vamos contigo. Partiram e entraram na barca. Naquela noite, porém, nada apanharam.4Chegada a manhã, Jesus estava na praia. Todavia, os discípulos não o reconheceram.5Perguntou-lhes Jesus: Amigos, não tendes acaso alguma coisa para comer? Não, responderam-lhe.6Disse-lhes ele: Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis. Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes.7Então aquele discípulo, que Jesus amava, disse a Pedro: É o Senhor! Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se às águas.8Os outros discípulos vieram na barca, arrastando a rede dos peixes (pois não estavam longe da terra, senão cerca de duzentos côvados).9Ao saltarem em terra, viram umas brasas preparadas e um peixe em cima delas, e pão.10Disse-lhes Jesus: Trazei aqui alguns dos peixes que agora apanhastes.11Subiu Simão Pedro e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinquenta e três peixes grandes. Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu.12Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousou perguntar-lhe: Quem és tu? pois bem sabiam que era o Senhor.13Jesus aproximou-se, tomou o pão e lhes deu, e do mesmo modo o peixe.14Era está já a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado.15Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu ele: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros.16Perguntou-lhe outra vez: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros.17Perguntou-lhe pela terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: Amas-me? e respondeu-lhe: Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas.18Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais moço, cingias-te e andavas aonde querias. Mas, quando fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres.19Por estas palavras, ele indicava o gênero de morte com que havia de glorificar a Deus. E depois de assim ter falado, acrescentou: Segue-me!
Comentário
Na passagem dos Atos, os apóstolos são chamados a depor diante do Sinédrio ou Junta Suprema dos judeus. Convém refletir sobre o que implica concretamente a fé na ressurreição de Jesus, isto é, o testemunho de que ele continua vivo e agindo não fisicamente, mas através da comunidade que assumiu com ele coragem e valentia de seu Mestre o projeto do Reino. A ressurreição carece de provas históricas e o crente não as necessita. A prova mais segura e contundente nos é dada, precisamente, pela própria comunidade de fieis que se foi formando ao redor da fé na ressurreição e que dá testemunho dela através de uma experiência vital que evoluiu de uma total ignorância e incapacidade para compreender Jesus, até uma mudança tão radical que já ninguém teme dar testemunho de que Jesus está vivo e que seu projete segue adiante. Com uma coragem incrível, aqueles que haviam fugido abandonando o Mestre quando preso, afirmam agora que continuarão pregando porque “é preciso obedecer a Deus antes que os seres humanos”. Esta situação se repetirá inúmeras vezes na história da Igreja, quando a autenticidade da mensagem entre em conflito com os interesses que se lhe opõem.
No evangelho Jesus se apresenta aos apóstolos junto ao lago de Tiberíades, em meio à vida cotidiana à qual eles estavam acostumados. Haviam deixado de ser os pescadores de pessoas pelo chamado Jesus e depois do suposto fracasso do Mestre haviam voltado ao seu trabalho de sempre. Aí se apresenta Jesus e aproveita para fazer o convite segundo o que lhes é familiar. E aí Deus manifesta seu poder e sua glória através do símbolo da pesca e do alimento. O ressuscitado os convida a atirar a rede que recolherá uma pesca milagrosa; uma rede que é símbolo da Igreja e da pesca multitudinária que fariam os seguidores de Jesus depois deste encontro ao retomarem o rumo que haviam perdido. O discípulo a quem o Senhor mais amava o reconhece no milagre da abundância de peixes e Pedro se sente um nada diante daquele que lhe encomendou uma tarefa específica e que ele deixou de cumprir.
O capítulo 21 do quarto evangelho foi acrescentado posteriormente. É claro que João 20,30-31 era a conclusão original. E é interessante que o capítulo 21 está centrado na figura de Pedro. Em todo o evangelho os grandes protagonistas haviam sido “o discípulo amado”, os discípulos em geral e especialmente as discípulas e entre elas a mãe de Jesus e Maria Madalena. A figura de Pero tem relevo secundário; mais ainda, aparece sempre contraposta e subordinada à do “discípulo amado”. Para João, o mais importante é ser discípulo, discípula. Agora, no capítulo 21, Pedro é confirmado como pastor a partir da inquietante e tríplice pergunta de Jesus ressuscitado: “Simão, tu me amas? … Apascente minhas ovelhas”. Pedro é reconhecido como pastor porque agora cumpre a condição de bom discípulo. Durante a Paixão negou três vezes ser discípulo de Jesus. Agora o Senhor pede um mesmo número de vezes a confissão de seu sincero amor como discípulo.

Antes de ser hierárquica, a Igreja é uma comunidade de discípulos. Na tradição dos evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) é uma igreja fundada e dirigida pelos doze apóstolos, chamados também comumente os doze discípulos. O capítulo 21 de João expressa a harmonização das duas tradições: Pedro é reconhecido como pastor, porém sob a condição de que aceite a definição fundamental de discípulo. Uma vez reconhecido como pastor, Jesus anuncia o tipo de morte com que glorificará a Deus: sua crucifixão em Roma. Depois Jesus lhe reiterará sua ordem favorita: “Segue-me”, isto é, convida-o formalmente a ser discípulo. 
Oração
Reunidos na celebração eucarística dominical, nós te pedimos, Senhor, que, pela fé, sintamos sempre na comunidade a presença de Jesus ressuscitado, que parte para nós o pão e o vinho e nos explica as escrituras para fortalecer nossas vidas e renovar nossa alegria. Por nosso Senhor, Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo. Amém.


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