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sexta-feira, 29 de abril de 2016

O discurso de despedida de Jesus-Padre Reginaldo Ghergolet

1 de Maio de 2016- DOMINGO - Evangelho - Jo 14,23-29


O Evangelho desse Domingo também faz parte do discurso de despedida de Jesus em João no qual ele deixa seu legado e as propostas de vivência da fé para seus discípulos e a nós. Depois de ter ensinado o mandamento do amor de domingo passado, agora ele mostra que por meio disso ele quer, com o Pai, fazer morada no coração dos discípulos. Essa morada é simples, requer apenas guardar suas palavras para que ele e o Pai estejam presentes.
Não é difícil entender a mensagem principal. Quem vive o Evangelho, quem ama, Deus permanece nele e sua vida é um reflexo de Deus. Diante disso podemos fazer uma reflexão de como está nossa vivência do Evangelho. Será que Deus está em mim, em minhas palavras, em minhas ações?? Será que leio ouço Jesus e transmito em meus atos e ações?? Esse deve ser o termômetro da vida do cristão.
Quando saio na rua as pessoas ficam felizes com a minha presença, me cumprimentam, fazem questão de conversar comigo. Será que elas gostam de me ouvir falar, de ficar perto de mim. Será que minha presença é agradável e minha estada é sempre quista pelas pessoas?? Se isso acontece, certamente estou vivendo o Evangelho, o mandamento do amor. Não é por causa de mim, mas por causa da presença de Deus segundo a promessa de Jesus. “Faremos morada e o amaremos” Jô 14,23. Se assim agimos, é porque Deus está em nós e transforma os lugares que passamos. Assim nunca estaremos sozinhos, mas rodeados de pessoas que percebem Deus em nós. Se nossa vida não é assim, é porque estamos longe de viver o Evangelho, de ouvir e guardar as palavras de Jesus. Então é hora de conversão.
Jesus ainda promete o Espírito Paráclito, o defensor. Lembrando apenas que no tempo que o Evangelho foi escrito havia muita perseguição à Igreja como hoje também temos. É Paráclito quem defendia os cristãos. Naquele tempo não avia advogado como hoje nos julgamentos. Assim, o condenado contava com a sorte torcendo para que alguém se levantasse e se colocasse a seu lado para o defender. Esse era chamado o “paráclito”, o que se colocava ao lado.
A promessa de Jesus também tem esse sentido. Para o cristão basta uma preocupação, viver o Evangelho. Não importa o que os outros vão pensar, o que vão falar. Não é preciso se preocupar com a defesa por que o Espírito se encarrega disso. É também o Espírito que vai ensinar os caminhos a seguir recordando os fatos passados, os acertos e erros. É Ele que vai indicar o caminho e esse surgirá em nossa mente após a reflexão de tudo o que aconteceu. É o Espírito do discernimento.
A presença de Deus, da trindade, na pessoa que vive o Evangelho traz a paz. Não uma paz como o mundo oferece, mas a paz verdadeira. Não é uma ilusão de que tudo está bem, mas a coragem de enfrentar a realidade e procurar o que é reto, o que é coerente com o Evangelho. Essa é a paz de Jesus que pede para não perturbar o coração em momento algum porque é sua presença juntamente com o Pai e o Espírito nosso maior consolo.
É nisso que devemos acreditar, é assim que devemos viver. Num tempo de crise, de perseguição da Igreja pelos meios de comunicação, num tempo que pensamos em abandonar Jesus devemos perceber que sua presença é essencial para nossas vidas. É o Espírito que guia a Igreja, que deve guiar nossos passos, é ele o Paráclito. Nossa vida deve estar pautada somente no Evangelho. “Quem vive o Evangelho nunca está só” porque Deus está caminhando com ele. A solidão não tem espaço na vida de quem ama, de quem ouve e segue Jesus. É assim que deve ser a Evangelização.
Finalizo com o pensamento de cardeal Van Thuam em seu livro “Testemunho da Esperança” quando um jovem inglês lhe pediu que deixasse um legado para a Evangelização da juventude nos tempos modernos. Ele disse ao universitário: “Siga Jesus, as pessoas verão você seguindo Jesus e irão atrás de você”. Ouvir e praticar o Evangelho é estar com Jesus, é segui-lo. Eis o segredo de uma evangelização fecunda. Eis o caminho da paz. Com Jesus e seu Evangelho temos o Pai e o Espírito, somos morada da Trindade e nunca estaremos só porque muitos estarão seguindo Jesus por meio de nós.


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