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terça-feira, 5 de abril de 2016

-A TERCEIRA APARIÇÃO DE JESUS-José Salviano

3º DOMINGO DA PÁSCOA
10 de Abril de 2016-Ano C

1ª Leitura - At 5,27b-32.40b-41

Salmo - Sl 29,

Salmo - AP 5,11-14

2ª Leitura (Apocalipse 5,11-14)

 

Evangelho - Jo 21,1-19



PRIMEIRA LEITURA

Pedro, que negou Jesus por 3 vezes, agora é outro homem, capaz de sair do martírio contente por ter sido castigado por ter testemunhado Jesus.
         É assim que temos de ser. Corajosos até o fim. Anunciar o Evangelho sem medo. Se algum engraçadinho inventar uma lei que proíbe o anúncio do Evangelho, vamos enfrenta-lo, pois nenhuma lei dos homens tem o direito de dificultar a prática da liberdade religiosa. E tem mais. Nesse caso, não temos de obedecer uma lei humana que foi escrita para contrariar a vontade de Deus.  

SALMO 29
Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes
Caríssimos. Precisamos agradecer sempre a Deus pelas graças que recebemos.  Esse Deus que ouve os nossos lamentos e nos livra do sofrimento mortal. Livra-nos da dor, do perigo de morte, da angústia e da vergonha. Esse mesmo Deus que tem pena de nós embora pecadores, e salva-nos do perigo.
         Mas não é só para isso que precisamos de Deus. Ele é o nosso apoio, a nossa força poderosa que nos livra acima de tudo do pecado. É Ele que não nos deixa cair em tentação. E assim, poderemos um dia estar com Ele na eternidade.

SEGUNDA LEITURA
         O texto refere-se a Cristo Jesus, o cordeiro imolado, e ressuscitado. Aquele que possui todos os atributos, como sabedoria, força, a glória, o louvor, etc.
Desse modo, a criação inteira se une para celebrar a vitória do cordeiro de Deus sobre a morte.

EVANGELHO
         Prezadas irmãs, prezados irmãos. Hoje estamos diante da terceira aparição de Jesus ressuscitado aos apóstolos. A sena aconteceu no Mar da Galileia, onde os discípulos pescavam. Eles jogaram a rede a noite toda e não conseguiram pescar nenhum peixe. Ao amanhecer, cansados, tristes e desanimados, viram um homem na margem do lago, que lhes perguntaram se tinha algo para comer, e em seguida lhes ordenou que jogassem a rede do lado direito da barca, o que fizeram e pescaram uma enorme quantidade de peixes.
Os discípulos logo perceberam que só poderia ser Jesus ressuscitado que estava bem ali diante deles novamente. O seu semblante não lhes era estranho. Era Jesus. E os pescadores então ficaram sem dizer nada, pois perceberam logo que era o Mestre.
Hoje Jesus Cristo se acha presente no meio de nós, especialmente quando nos reunimos para refletir sobre sua palavra, ou para rezar, e principalmente na celebração da Eucaristia.
Não o vemos com os olhos físicos, porém podemos senti-lo. E isso é maravilhoso!
Infelizmente, tem muita gente que não consegue ver a pessoa de Jesus no meio de nós, no nosso dia a dia, e dizem: Onde está Deus? Quando acontecem as barbaridades nas nossas famílias, quando o crime que parecia acontecer só no noticiário da televisão, bateu a nossa porta!
Quando estamos vivendo em pecado, parece que realmente estamos como cegos! Não conseguimos nos sintonizar com Deus. Muito menos enxergá-lo do nosso lado! Essa experiência é horrorosa! É parecida com aquele jovem que perdeu o amor de sua vida, parecido com a garota que teve o seu namoro rompido, e passa a ver a vida em preto e branco. A sensação que se tem num estado desses, é que tudo está girando em câmara lenta, e nada mais tem nenhum sentido. O amor que movia seus passos, que lhe dava ânimo, que lhe completava lhe preenchia, que dava sentido a sua vida, acabou-se, foi interrompido, cortado...
Viver em pecado, viver sem Deus é parecido com essa sensação de perda muito grande que desola a nossa existência.
E o pior, é que tem muita gente na sociedade sem Deus, que vive há muito tempo assim. Gente que nem conheceu ainda a amizade com Deus!  Gente que se acostumou aos trancos e barrancos, a viver fora do plano de Deus. E você diria: como pode isso?
Meus irmãos. Quantos que hoje sofrem, sem conseguir encher suas barcas de sua pescaria diária, e não têm o necessário para viver! E outros, quantas encrencas os rodeiam! Quanto esforço têm de desprender para se defender dos concorrentes, dos predadores, e de tudo o que representa ameaças à sua sobrevivência!
Quantas pessoas que estão infelizes! Pessoas que afetam os demais com suas frustrações, seus recalques e inveja, seus desgostos, através do convívio familiar e social. Tais pessoas descarregam em cima de você, todas as suas cismas, dúvidas, frutos da descrença. Uns até chegam a nos maltratar por causa da sua esquizofrenia (mania de perseguição).
Essas são pessoas que não conseguem perceber a pessoa de Jesus de pé na margem da praia da vida. Jesus que quer nos ajudar, pois é Ele que tem a solução para as nossas pescas sem peixes, para as nossas caminhadas perdidas a procura de um emprego, para as nossas inquietações, e buscas sem nenhum resultado positivo.
E era tão simples! Bastava apenas jogar a rede do outro lado. Do lado que Jesus mandou. Do lado direito, do jeito seguro, como alguém que está segurando nas mãos de Deus como uma criança segura na mão do Pai e segue confiante a caminhar.
Somos crianças indefesas. Comparados com o imenso poder de Deus, somos menos que uma frágil criança, não passamos de um esqueleto quebrável, sem forças próprias para tocar a nossa vida de modo satisfatório, sempre pescando muitos peixes.
O sucesso daquela pesca, aquela barca cheia de peixes significa a fartura daqueles que deixaram que Deus governasse as suas vidas, e por isso não lhes falta nada. Não se trata de riqueza propriamente dita, mas sim, de ter tudo o que precisamos para uma vida em abundância com o prometeu Jesus. Isso acontece a quem depositou suas esperanças e confiança no Pai que nunca nos abandona, desde que façamos a sua vontade.
Pedro, tu me amas?
Jesus fez questão de mostrar a Pedro que ele “pisou na bola”, que Pedro o negou por três vezes. E mesmo assim, Jesus o perdoou, e deu-lhe poderes para “apascentar suas ovelhas”.
Também nós, mesmo carregando o peso dos nossos pecados, podemos ser escolhidos como Pedro, para cuidar, instruir, e ajudar na salvação as suas ovelhas.
         As ovelhas são as pessoas que precisam de nossa ajuda e que Deus as colocou em nosso caminho.  E a maior ajuda que podemos e devemos dar a elas, é conduzi-las a salvação.
Mas precisamos refletir sobre o tipo de ajuda que damos aos nossos irmãos e irmãs.
Jesus hoje pergunta a cada um de nós: Você me ama? Então está na hora de pensar: Eu faço o que faço por Filantropia ou por amor?  Ou para ser vistos pelos homens?
         Amigas e amigos. Nesse momento seria bom nos perguntar: Será que o meu empenho, o meu apostolado, o meu trabalho na comunidade é realmente por amor a Deus, ou apenas por uma mera filantropia, por uma tendência a ajudar por ajudar?  Será que lá no fundo eu não tenho uma quedinha de fazer o bem para ser visto pelas pessoas? Para obter o seu reconhecimento?
“Nada façais por competição ou vanglória, mas, com humildade, cada um considere os outros como superiores a si e não cuide somente do que é seu, mas também do que é dos outros” (Fl 2,3-4).
“O maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.”
         Para que as nossas redes lançadas ao mar do mundo se encham de peixes, precisamos estar com Deus, por meio de Cristo Jesus. Sem ele, de nada adianta todo o nosso esforço de ficar o dia todo nos preparando, pesquisando, lendo, administrando as coisas de Deus, ou até mesmo rezando horas e horas, mas da boca para fora. Porque se não tivermos Jesus dentro de nós, se não estamos na união santa e íntima com a Santíssima Trindade, todo esse trabalho não produzirá frutos nenhum. A nossa rede sairá da água do jeito que entrou. Sem nenhum peixe. Para conseguir pescar mulheres e homens, jovens e crianças para o Reino que Deus nos preparou, a nossa rede deve conter a força da presença divina a qual não pode se apartar de nossa pessoa nenhum momento.
         Precisamos nos preparar, sim. Precisamos fazer a nossa parte. Mas a presença de Jesus eucarístico em nós é mais importante! Observe que os pescadores de peixe, antes de ser serem transformados em pescadores de homens, era pessoas cultas, nem viviam lendo o dia todo. Porém, a presença de Jesus na vida deles, os fizeram pronunciar discursos arrebatadores, e capazes de converter multidões.
         Mas nem por isso vamos prescindir do preparo. Não é por isso que vamos deixar de lado a leitura meditativa da palavra, a leitura de comentários dessa mesma apalavra, o que é encontrada em sites e blogs como este que você agora está visitando. Volte sempre.

Bom domingo, José Salviano


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