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terça-feira, 7 de junho de 2016

-PERDOAR PARA SER PERDOADO- José Salviano

11º DOMINGO TEMPO COMUM


12 de Junho de 2016
1ª Leitura - 2Sm 12,7-10.13

Salmo - Sl 31

2ª Leitura - Gl 2,16.19-21

Evangelho - Lc 7,36-8,3


 

 

PRIMEIRA LEITURA

A salvação nos vem por parte de Deus.  Davi era um homem de Deus, querido por Deus e recebedor de muitos favores pela bondade divina.
Porém, o poderoso rei não resistiu a grande tentação de mandar pegar a mulher do seu amigo Urias para ser sua esposa.  E tem mais. Ao descobrir que ela ficara grávida, providenciou a morte do seu fiel soldado, o marido daquela mulher irresistível.
Abuso de poder, fraqueza na fé, ingratidão para com o Pai, levou o rei Davi a cometer dois crimes bárbaros!  Adultério e assassinato.
Porém, Deus em seu imenso amor principalmente para com o pecador arrependido, enviou o profeta Natã para acordar aquele que fora durante a sua vida um homem temente a Deus, mas que de um dia para outro caiu no fundo do poço, num abismo muito profundo, e estava condenado a morte da alma, à morte eterna, e, portanto, triste, confuso e infeliz.
E o profeta Natã fez um bom trabalho.  Conduziu Davi a sair daquele pesadelo em que estava, com a consciência amortecida pelo poder e pela tentação, ele havia cometido duplo pecado, e assim se via perdido, e necessitado da graça e do perdão de Deus!
Natã não lhe trouxe o perdão de mão beijada, mas primeiro deu-lhe uma grande sacudida, narrando uma história, e através da qual, Davi chegou a conclusão da desgraça que cometeu e aí veio o arrependimento sincero. 
Só então depois disso, o profeta Natã anuncia-lhe que Deus bondoso o havia perdoado.
Caríssimas e caríssimos. Se Deus perdoou os pecados do rei Davi, não o condenemos nós dizendo ou comentando que ele não passava de um grande hipócrita, de um grande mentiroso, fingido, como acontece com a maioria dos políticos.
Não nos esqueçamos que os caminhos de Deus não conferem com os nossos.  Em várias situações, Jesus perdoou pecadores que os judeus julgavam um caso perdido.
A mulher surpreendida em adultério, a outra pecadora que lavou e beijou os seus pés, o ladrão Dimas, são os principais exemplos disso.
Estamos fartos de ver ladrões e corruptos fazendo de tudo que o seu cargo e poder lhes proporcionam. Para condenar outros, que também praticaram atos injustos, só porque querem assumir o comando da situação.
Isso é parecido com aquele macaco que se sentou em cima do seu rabo, e escondendo-o, começou a fazer chacota dos demais macacos, apontando as suas caudas, e dizendo: Olha lá! Eles têm rabo!   Que feio!...
Irmãs, e irmãos. Não condenemos a ninguém. Mas sim, condenemos o pecado. Antes de julgar, vamos nos lembrar que também somos pecadores, e pensemos em como Deus está vendo e analisando os atos daquela pessoa. Pensemos nas circunstâncias que levaram os “Davis” de hoje a cometerem os pecados que cometem. Quais as razões que os levaram a praticar aqueles atos abomináveis...
Loucura, esquizofrenia, desespero, fome, ou uma forte tentação como foi a de Davi?
Adultério e assassinato! Um duplo pecado não só contra Urias, mas contra Deus, contra todo amor demonstrado a ele pelo Pai, e também foi um pecado contra todos os seus compatriotas, ou seja, o povo de Israel.
Durante um tempo. Davi não se deu conta da gravidade dos seus pecados, pois o poder escureceu a sua consciência.

Mas Deus é Pai amoroso e perdoa o pecador arrependido! É Ele que hoje nos perdoa das nossas inúmeras faltas, desde que tenhamos um arrependimento sincero, desde que também perdoemos os nossos irmãos.


SEGUNDA LEITURA
As palavras de Paulo nesta carta vão de encontro com a escala de valores do fariseus e mestres da Lei. Para eles o mais importante era a obediência pura e simplesmente da Lei.  Paulo nos esclarece que para a nossa salvação o que precisamos é ter fé. Pois a fé e sua prática irá nos salvar.  “justificados pela fé em Cristo e não pela prática da Lei,
porque pela prática da Lei ninguém será justificado”. “se a justiça vem pela Lei, então Cristo morreu inutilmente”.
Os judeus haviam deturpado a Lei de Moisés, criando mais e 600 mandamentos os quais visavam os seus interesses em detrimento dos pobres e excluídos. É por isso que Paulo nesta carta está combatendo o bom combate, combatendo a maneira de crer dos judeus, os quais se julgavam os mais corretos, e puros diante de Deus. No entanto, os valores essenciais para a salvação, eles ignoravam. E por isso foram criticados e combatidos pelo próprio Jesus Cristo.
Não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” .   Essa é a frase do tipo carro chefe da doutrina, do trabalho, da missão de Paulo, esse gigante da nossa Igreja! Que maravilhoso seria se cada um dos leigos e cristãos atuantes pudesse pensar e dizer também assim: É CRISTO QUE VIVE EM MIM. É Cristo que faz tudo o que eu faço. É Cristo que catequisa através da minha boca, é Cristo que vai levar a palavra lá na periferia, nas favelas, através da minha pessoa...
         
EVANGELHO

A liturgia deste domingo nos conduz a refletir sobre o perdão. Jesus perdoou Davi por meio do profeta Natã, e hoje Deus nos perdoa através do sacerdote. Mas para que o perdão tenha seu valor, é necessário que haja arrependimento de nossa parte.
Do mesmo modo, para que sejamos perdoados, será necessário perdoar o irmão, a irmã que nos ofendeu.
Assim. Não está correto, depois de brigar com o filho, com o pai, com a esposa, com o marido, com o irmão, com a irmã, você ir imediatamente ao padre para se confessar e ser perdoado.
Por que? Por que a briga foi recente, e em sua mente, ainda paira a raiva, estão presentes todas as palavras ofensivas que disse àquela pessoa, e que ela lhe disse. 
É preciso deixar esfriar, é indispensável, antes de procurar o padre, primeiro fazer as pazes com aquela pessoa com a qual você teve um atrito. Pedir desculpas, perdão ou se isso estiver difícil, começa a brincar de novo com esse alguém com o qual você brigou recentemente. Pelo menos tente reconciliar. Tente fazer as pazes, faça um esforço par chegar junto, para voltar ao que era. O seu ESFORÇO de reconciliar é que conta diante de Deus.  Mas tem de ser sincero. Viu?
Por que temos de agir assim? Foi Jesus quem nos ensinou, dizendo mais ou menos assim: “Se você estiver levando uma oferta a Deus e diante do altar lembrar que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali e vai primeiro pedir perdão e perdoar o teu irmão, e depois volta para terminar a tua oferta.”
Procuremos resolver as nossas diferenças depois que a cabeça esfria. Procuremos conversar, explicar o porquê das coisas, com calma, e acima de tudo com a DEVIDA CARIDADE”
Deus nos perdoa e nós temos de perdoar os nossos devedores, como rezamos todos os dias através do Pai Nosso. Pois se não perdoarmos, não seremos perdoados pelo Pai.
Temos dificuldades para perdoar. Uns mais, que outros. Existem pessoas que sofrem por não conseguirem perdoar as ofensas das pessoas com as quais convivem. Parentes, amigos e demais pessoas. Ficam guardando as mágoas em sua mente, e isso afeta grandemente a sua alma. Em outras palavras, GUARDAR MÁGOA NOS FAZ GRANDE MAL.  O rancor afeta o nosso sistema emocional, nosso humor, nossa moral e o pior. DESTRÓI A NOSSA ESPIRITUALIDADE!
Outros, são incapazes de pronunciar palavras como: DESCULPE-ME, ou ME PERDOA...
Existem pessoas que são incapazes de reconhecer que ofendeu alguém, e que é necessário pedir desculpas ou mesmo perdão. 
Então. Não perdoar os nossos devedores, aquelas e aqueles que diariamente nos ofendem, e com os quais somos obrigados a nos relacionar, como é o caso da família, dos colegas de trabalho, colegas de classe, etc, ISTO É UMA RAIVA REPRESADA QUE SE VOLTA CONTRA NÓS, e nos faz um mal maior do que o mal que fazemos às pessoas com as quais ficamos de mal. Guardar ódio das pessoas, FAZ UM GRANDE MAL A NÓS PRÓPRIOS!
Você reparou que os fariseus ao fazer aquela observação a respeito de Jesus em relação àquela pecadora, eles se julgavam impecáveis, puros diante de Deus?
É, nós somos assim. Nos julgamos impecáveis, perfeitos, e os outros e as outras são pessoas cheias de defeitos, que precisam ser corrigidos por nós, que estamos capacitados para fazer isso.
Os fariseus só pensavam numa coisa: a observância da Lei. Caridade, perdão, acolhimento dos pobres, tudo isso ficava de lado.
Jesus hoje nos ensina a perdoar, a não discriminar, a não fazer distinção de pessoas, como Ele o fez ao aceitar o convite daquele fariseu para ir almoçar em sua casa.

Amigos leitores e leitoras.  Confiemos na misericórdia divina, busquemos o perdão do Pai por meio do sacerdote, e em seguida esqueçamos as nossas faltas do passado, e vivamos uma vida, nova, sejamos uma criatura nova, seguindo os passos de Jesus, embora estejamos rodeados e envolvidos por muitas distrações, que nos arrastam para o pecado. Vamos rezar com mais devoção, vamos meditar a palavra de Deus, sem dar ouvidos àqueles e aquelas que querem nos tirar do caminho da casa do Pai. Sem nos importar com o mundo infiel, com aqueles que preferem viver por conta própria sem permitir que Deus entre em suas vidadas.


Um bom domingo,  José Salviano

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