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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

“Deus acolhe os pobre com ternura!” - Claudinei M. Oliveira.


Domingo, 23 de outubro  de 2012.

I Leitura. Eclesiástico 35,15-17.20-22
II Leitura. 2 Timóteo 4,6-8.16-18
Evangelho: Lc  18, 9-14

          
         Deus tem um apreço pelos “pobres”, fica do lado dos humildes e dos humilhados porque deseja ardentemente libertação total. Esse apreço do Pai pelos mais necessitados está na compaixão e no cuidado pela criação. Deus criou o homem para a felicidade e para o bem viver, na serenidade e na dignidade. Deus não quer ver sua criatura sendo espoliada e maltratada por um grupo de vilões que não medem esforços para ver seu império crescer.  Deus, nosso Pai, não aceita a atitude dos orgulhosos e autossuficientes, satisfeitos de que a salvação é o resultado natural dos seus interesses; contudo,  propõe  atitude humilde de um pecador, que se apresenta diante de Deus de mãos vazias, mas disposto a acolher o dom de Deus.
         A humildade diante de Deus é reconhecer os pecados cometidos,   buscar a conversão e tem a sinceridade no coração para aproximar do Pai. Não engana Deus. Ele é o juiz que julga os atos dos cristãos a partir dos atos e das ações. Tem compromisso com a doutrina da igreja e preserva os mandamentos de Deus com mansidão.
         Ao entrar no templo para rezar, primeiramente limpa da consciência as injustiças cometidas,  reconhece que errou e quer de coração muito o perdão. Jamais esnoba ou compara com outra pessoa ou se coloca acima do outro e estufa o peito para engrandecer pelas coisas boas que faz. Entretanto, o que afirma nas orações são falácias. Engana-se a si mesmo. Não enxerga a mística de Deus que revela através dos mais pobres.             
         Enquanto na primeira leitura apresenta um Deus que não deixa subornar, um juiz, que ama os humildes e escuta as preces do povo; no evangelho é definida a atitude correta de um cristão diante de Deus.  Ambas as leituras pedem temor ao Deus e suscitam a verdade diante D’ele.
         Tanto que Deus não faz distinção de nenhum filho. Ama todos com amor. Tem tanto amor pelo povo que mandou seu filho ao mundo para indicar uma saída das trevas. Mas seu rebento, gerando com tanto apreço no seio de Maria, foi morto pelos rebeldes que não queriam escutar.  Deus tem um carinho especial por todos aqueles que têm o compromisso com a libertação, que luta para ver a justiça realizada. Não esmorece diante das dificuldades,  afinal, as dificuldades podem ser um motivador para continuar lutando.
         Deus atende as preces dos oprimidos porque enxerga no sofrimento uma luta para desvencilhar da situação de subalterno. Tem compaixão do “fraco”, pois sabe que foi jogado nas margens da sociedade por um grupo de homens egoístas, sedentos de poder e que não tem pena de ver o outro em situação vexatória.  Tanto que o Senhor não despreza a súplica do órfão e nem os gemidos da viúva (Primeira Leitura). Deus tem um amor pelos desvalidos, pelos oprimidos e por aqueles que o sistema considera como “vencidos”.  Assim, o amor de Deus não deixa  passar  despercebido qualquer injustiça cometida contra esses subjugados. A justiça não pode ser violada e nem pode estar a serviço de uns poucos afortunados.
         Lindamente na Primeira leitura o autor exalta a oração dos pobres ao afirmar: “A oração do humilde atravessa as nuvens e não descansa enquanto não chega ao seu destino. Não desiste, até que o Altíssimo o atenda, para estabelecer o direito dos justos e fazer justiça”.
         Pode soar para os cristãos o consolo. Deus nunca vira as costas para seu filho, principalmente os pequenos. Ele ouve atentamente os pedidos, pois sabe que almeja a salvação. Talvez o filho de Deus duvide da presença do Criador em meios aos conflitos ou problemas; não enxerga outra saída,  afirma que está tudo perdido. Mas a justiça divina atende todos com equidade.
         Como afirma o salmista “o pobre clamou e o Senhor ouviu sua voz”. Atento ao pedido dos filhos, Deus sempre satisfaz a quem pede. Portanto, jamais deixa de pedir ao Senhor sua intervenção. Bendiz alegremente o nome do Senhor, pois Ele faz justiça serena a quem procura.  O salmista ainda louva dizendo “O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado e salva os de ânimo abatido. O Senhor defende a vida dos seus servos, não serão castigados os que n’Ele confiam”.
         Para tanto, no Evangelho  Jesus conta uma parábola  do fariseu e do publicano. Ambos estavam em oração. O fariseu colocava-se autossuficiente, não pedia nada a Deus, pois seguia as leis judaicas ao pé da letra. Até olhava para o publicano e rebaixava-o pela sua condição de cobrador de imposto. Enquanto que o publicano reconhecia ser um pecador e pedia a compaixão e a misericórdia de Deus.  No final, Jesus mostra para seus seguidores que muitas vezes a arrogância pode levar o caminho inverso. O fariseu tinha tanta certeza de sua salvação que nem clamava para o Senhor. Ele estava convencido de que Deus lhe deve a salvação pelo seu bom comportamento, como se Deus fosse um contabilista que toma nota das ações do homem e, no fim, lhe paga em consequências.   Enquanto que o publicano reconhece ser um pecador e se apresenta de mãos vazias diante do Senhor. Faz seu pedido e humildemente pede a intervenção  divina.
         Contudo, a mensagem  do Evangelho ascende ao cristão a retidão  nas palavras. Ou seja, ser fiel nos projetos de libertação de Deus e ter a consciência da caminhada para a salvação, porque os tropeços aparecerão. Os caminhos do seguimento de Jesus não são tão confortáveis, tem os desfiladeiros e os montes para serem transpostos. Contudo, através da oração e da confiança no Pai poderoso  nada vai impedir de segui-Lo.
         Jesus na caminhada encontrou muitas dificuldades, mas encontrou também muitas coisas boas. Quando esteve diante das dificuldades soube sair com maestria. Buscou na oração, junto aos montes e nos desertos, forças para aguentar vencer o mal. Ele tinha a confiança e acreditava. Esse legado o cristão  deve ter junto a sim. Ele ensinou seus discípulos a ser um discipulado eficaz, tenaz e consciente de sua missão.
         Nas parábolas exemplificou de forma simples o caminho de como deveria seguir. Como na parábola de hoje. O fariseu e o publicano que pela fé e pela ação tinha caminhos diferentes. Mesmo sendo um cristão que não sai da igreja, às vezes, coordena até algumas pastorais, tem a certeza de estar caminhando no caminho certo. Mas se perde na autossuficiência e na arrogância. O cristão deve ter o reconhecimento de sua ação e do seu compromisso, ser humilde e saber chegar diante de Deus de mãos vazia, mas com um coração puro para receber o perdão. Assim, Deus estará indicando o caminho que deve ser seguido. Assim seja, amém!


Abraços
Claudinei M. Oliveira



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