Sexta-feira,
10/08/2012
Jo 12,24-26
Se alguém me serve,
meu Pai o honrará.
Hoje nós celebramos
a festa de S. Lourenço mártir. Ele viveu em Roma, no Séc. III, tempo do
imperador Valeriano, um dos mais cruéis perseguidores dos cristãos. Lourenço
era diácono e coordenava a assistência aos pobres da diocese de Roma.
O imperador prendeu
o papa, Sixto II. Alguns dias após a prisão, o Diácono Lourenço foi visitar o
papa. Prevendo seu martírio e coisas piores para a Igreja de Roma, o papa pediu
a Lourenço que vendesse todos os cálices e utensílios sagrados, para que não
fossem profanados pelos pagãos, e desse o dinheiro aos pobres. Assim fez
Lourenço. Dias depois, Sixto II foi decapitado.
Logo em seguida, o
imperador ordenou a Lourenço que reunisse todos os tesouros da Igreja e depois
o avisasse, para ele fosse pessoalmente buscá-los.
O que Lourenço fez.
Reuniu na casa do papa os pobres que a Igreja atendia, e avisou o imperador de
que os tesouros da Igreja já estavam reunidos. Sem saber, o imperador veio com
suas carruagem, pensando encontrar uma grande fortuna.
Lourenço o recebeu
do lado da casa, depois abriu a porta, apontou para os pobres e disse:
“Majestade, aqui estão os tesouros da Igreja. Pode levá-los. Aliás, Vossa
Majestade os encontra em todas as ruas de Roma, deitados nas calçadas”.
Diante do acinte, o
imperador ficou furioso e mandou prender Lourenço. Logo depois foi condenado à
morte, e executado com o suplício mais cruel: queimado vivo.
Os soldados fizeram
uma grande grelha, tipo churrasqueira, deitaram Lourenço em cima e puseram fogo
na lenha.
Lourenço era muito
alegre e brincalhão. Movido por uma força especial de Deus, ele disse ao
carrasco: “Pode virar-me, deste lado já está assado!” Isso aconteceu dia dez de
agosto de ano 258.
Na verdade, quando
chamou os pobres de tesouro da Igreja, Lourenço não quis provocar o imperador, mas
dizer a verdade. O grande tesouro da Igreja são os pobres. Eles são a maior
riqueza das nossas Comunidades, e ao mesmo tempo a sua grande preocupação.
No Evangelho, Jesus
nos apresenta a bela comparação do grão de trigo: “Se o grão de trigo que cai
na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então
produz muito fruto”. E ele mesmo explica a comparação: “Quem se apega à sua
vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo, conservá-la-á
para a vida eterna”.
A nossa vida
assemelha-se à semente: para produzir frutos, ela precisa morrer na terra
úmida. O cristianismo é uma opção radical por Deus e pelo Evangelho,
sacrificando até a própria vida, se necessário for, sabendo que ganharemos
outra vida melhor, após a nossa ressurreição. Esta era a fé de S. Vicente,
diácono.
Precisamos amar a
Deus sobre todas as coisas, inclusive sobre a nossa vida terrena.
Nós pedimos a Maria
Santíssima e a S. Vicente que nos ajudem a seguir Jesus, como bons discípulos e
discípulas.
Se alguém me serve,
meu Pai o honrará.
Padre Queiroz
Padre Queiroz, parabéns pelo seu dia! Seus comentários do Evangelho são maravilhosos e me ajudam bastante a compreender melhor a palavra de Deus. Que Ele lhe ilumine para que o sr. continue nos iluminando com seu jeito especial de evangelizar.
ResponderExcluirLili