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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Quarto Domingo do Advento-Claretianos

Domingo, 21 de Dezembro de 2014
Quarto Domingo do Advento
Pedro Canísio, presbítero e doutor da Igreja (1597)

2Samuel7,1-5.8b-12.14a.16: O reino de Davi durará para sempre na presença do Senhor
Salmo 88: Cantarei eternamente tuas misericórdias, Senhor
Romanos 16,25-27: O mistério, mantido em segredo durante séculos, agora se manifestou
Lucas 1,39-45. Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre.

COMENTÁRIO

A leitura do segundo livro de Samuel conta que Davi deseja edificar uma casa a Javé em Jerusalém. Javé se comunica ao profeta Natan: não seria Davi o construtor de uma casa Javé, mas que Javé edificaria uma casa a Davi. Naquele tempo “casa” era entendida de várias maneiras: templo, morada, ou descendência, isto é, a permanência da linhagem de Davi no trono de Israel. Esta é a promessa que Javé faz a Davi e que a tradição posterior interpretará em relação ao Messias como filho-descendente de Davi. A primitiva Igreja entendeu estas palavras em relação a Jesus como o verdadeiro Messias. Mateus e Lucas se esforçam em apresentar em suas genealogias a Jesus como descendente de Davi, e várias vezes o chamam filho de Davi. É claro, Jesus é o Messias esperado, nele se cumprem as promessas de Deus.
Nos versículos do Salmo 88 podemos perceber a relação de Jesus com Deus. O salmo é um hino ao Criador, seguido de um oráculo messiânico. Nesse oráculo o salmista coloca na boca de Deus estas palavras: eu o nomearei como meu primogênito, altíssimo entre os reis da terra. É uma referência ao Messias, ao salvador esperado, porém que nós como cristãos, o lemos claramente referido a Jesus. Ele é o Filho, a primícias da nossa salvação, o primogênito entre todos os homens. Por sua pregação, por sua simplicidade e serviço aos pequenos, por seu sim incondicional a Deus até a more, Deus os ressuscitou, fazendo-o altíssimo entre os reis da terra.
A segunda leitura, da carta de Paulo aos Romanos, apresenta uma oração de louvor a Deus (doxologia) com a qual conclui toda a carta. A oração é dirigida a Jesus Cristo, no qual se revela o mistério de Deus, mantido oculto pelos séculos, e que agora foi dado a conhecer a todos e, em especial, aos gentios para a obediência da fé. Finaliza com uma bênção, tomadas dos costumes judaicos. Reconhecemos que o mistério oculto durante séculos, é Jesus mesmo que agora revela o rosto do Pai e que se converte em salvação para todos os homens. 
No evangelho o anjo anuncia a Maria o nascimento de Jesus, e assim ela se converte na primeira discípula e evangelizadora: escuta a palavra de Deus, é capaz de reconhecer que a ação de Deus passa pelos mais pequenos e humildes. Maria era uma mulher jovem e pobre de um pequeno povoado situado ao norte do país. Ela recebe o anúncio do anjo, que a surpreende, 



Mas sabe reconhecer a ação de Deus no anúncio. Ela o confirma e diz sim a Deus. Diferentemente de Zacarias, o sinal que Maria pede da parte de Deus não se relaciona à incredulidade, mas à necessidade de colocar em prática as palavras do anjo. 
O evangelista Lucas coloca, de maneira consecutiva, o anúncio a Zacarias e o anúncio a Maria para ressaltar que a ação de Deus se manifesta fora do Templo, fora do lugar sagrado, em meio aos pobres e abandonados, como o é Maria, triplamente excluída: por ser mulher, por ser pobre e por ser jovem. E é nesse lugar de pobreza e exclusão onde o projeto de Deus para a humanidade vai frutificar, por meio do sim consciente de Maria e de todos os que se identificam com ela.
A criança que nascerá de Maria será o Salvador, o Messias, um “Filho de Deus”, que se faz humano na pessoa de Jesus para que, sendo como ele, os seres humanos sejamos semelhantes a Deus. Porém, não o faz contra a vontade dos homens. Maria, com seu “sim” ao projeto de Deus, introduz Jesus na história, fazendo-se homem pobre e crente.
Advento é tempo de preparação, de espera da festa da Natividade, da manifestação do Messias. Participar desta festa é assumir a mesma dinâmica de Maria que diz sim a Deus e a mesma atitude de Deus que se faz pobre para nossa salvação na pessoa de Jesus de Nazaré.
Oração: Ó Deus, que em outros tempos e de muitas formas, falaste por teus profetas a todos os povos e nações e que para nós em nosso irmão Jesus de Nazaré, fizeste brilhar teu amor de um modo inefável, faze que à luz de tua Palavra, disseminada por todo o mundo, todas as religiões acolham o dom de tua Palavra e a pratiquem na fraterna-sororidade universal que a todos nos prometeste. Tu que vives e fazes viver, amas e fazes amar, pelos séculos dos séculos. Amém.


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