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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?-Padre Queiroz


30- Sábado - Evangelho - Mc 4,35-41

Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?
Este Evangelho, da tempestade acalmada, traz para nós dois ensinamentos: sobre Jesus Cristo e sobre a Igreja.
Sobre Jesus Cristo, o episódio revela-nos que o milagre é realizado por Jesus para confirmar a fé dos seus discípulos n’ele. “Por que estais assustados? Ainda não tendes fé?” Para a fé em Jesus se orienta também a pergunta final dos discípulos: “Quem é este homem, que até o vento e o mar lhe obedecem?” A resposta nos vem automaticamente: “Este homem é Deus”, pois só Deus pode dominar a natureza.
A Igrejas é representada na barca, com Jesus e os discípulos dentro. A barca é a Comunidade cristã, atravessando o mar revolto da vida. Se a barca não afunda, é porque Jesus vai com ela. Ainda que, por um momento, pensemos que Deus dorme, deixando-nos sozinhos no meio do perigo. Deus não dorme, mas ele não tem pressa. A pressa é própria do ser humano que é mortal e que não tem muito poder. Deus é eterno e tem todo o poder, por isso não tem pressa. Nós não vamos marcar hora para Deus fazer as coisas. O nosso nervosismo, por não receber logo ajuda de Deus, é sinal de pouca fé.
Quando a Igreja de Jesus é perseguida, quando sucessivas dores nos visitam, quando o mal parece triunfar, vem-nos espontaneamente a pergunta: “Senhor, não te importas que nos afundemos?” Se esse nosso grito é oração, tudo bem. Mas se é desconfiança na providência divina, é falta de fé. Neste caso, merecemos a correção de Jesus: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?”
“Vamos para a outra margem!” Jesus nos manda jogar-nos no mar e fazer a travessia de uma vida “velha” para uma vida nova, tanto para nós, como para a nossa família, Comunidade e bairro. O Reino de Deus, que está na outra margem, precisa ser construído e, com Jesus na barca, isso é possível sem perigo nenhum.
“Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher.” Esta ventania e mar agitado representam os tropeços, as dificuldades e as tentações que encontramos na vida, inclusive as nossas paixões pecaminosas.
“Jesus estava na parte de trás, dormindo. Os discípulos o acordaram e disseram: Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” Esta “sesta”de Jesus representa também a aparente ausência de Deus que sentimos em nossa vida. Devido à nossa pouca fé e ao pecado, muitas vezes não percebemos os sinais da presença de Deus na nossa vida. Na verdade, somos nós mesmos que nos ausentamos dele, e depois jogamos a culpa nele, dizendo que ele nos abandonou. “Estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20). Deus nunca dorme. Mas ele só intervém na nossa vida se pedirmos. Deus respeita a nossa liberdade. Se queremos lutar sozinho, ele não faz nada. Daí a importância da oração.
Todos os cristãos, mais cedo ou mais tarde, encontram fortes tempestades na vida. E o temporal vem justamente quando nos parece que Deus dorme, sendo que na verdade nós é que nos ausentamos dele. Se o “acordarmos” e lhe pedirmos ajuda, com certeza chegaremos à outra margem, que é uma fé mais firme e clara e um mundo mais justo e fraterno..
“Jesus ordenou ao vento e ao mar: ‘Silêncio! Cala-te!’ O vento cessou e houve uma grande calmaria.” Deus tem um poder infinito, ele vence as forças do mal, venham de onde vierem: demônio, doença, morte...
“Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” Precisamos ter fé em Deus. A fé supera o medo e a dúvida. Uma das expressões mais repetidas por Jesus nos Evangelhos é: “Não temais medo”.
“Os discípulos diziam uns aos outros: Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?” Que nunca precisemos fazer esta pergunta, pois sabemos quem é este homem. É o próprio Deus encarnado, que tem poder sobre todas as forças da natureza, pois foi ele quem a criou. Ele consegue transformar qualquer tempestades em bonança (Cf Sl 106 (105), 9ss). Na verdade, Jesus já se apresentou largamente. Nós é que, por nosso descaso, ainda não o reconhecemos.
Certa vez, um homem pulou de pára-quedas. Mas este era novo, e ele n sabia abri-lo. Puxa aqui, puxa ali, nada. Nisto viu um rapaz subindo nos ares. Gritou para ele: “Você entende de pára-quedas?” O outro respondeu: “Não. E você entende de explosão de caldeira?”
Como que um ia ajudar o outro, se os dois não sabiam resolver nem o próprio problema?
Na travessia do mar da vida, se acontecer alguma tempestade, vamos logo pedir ajuda para Deus, a quem até o vento e o mar obedecem.
“Feliz aquela que acreditou” (Lc 1,45), disse Isabel à Mãe de Jesus. Que ela nos ajude a ter tanta fé, que nunca precisemos perguntar: “Quem é este...?” Santa Maria, rogai por nós!
Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?


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