.

I N T E R N A U T A S-M I S S I O N Á R I O S

SOMOS CATÓLICOS APOSTÓLICOS ROMANOS

e RESPEITAMOS TODAS AS RELIGIÕES.

LEIA, ESCUTE, PRATIQUE E ENSINE.

PARA PESQUISAR NESTE BLOG DIGITE UMA PALAVRA, OU UMA FRASE DO EVANGELHO E CLICA EM PESQUISAR.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

BEM-AVENTURANÇAS: RESUMO DA VIDA CRISTÃ – Maria de Lourdes Cury Macedo.

Domingo, 29 de janeiro de 2017.
Evangelho de São Mt 5, 1-12.

Estre trecho do Evangelho de hoje, conhecido como “As bem-aventuranças”, faz parte do célebre Sermão da Montanha, programa fundamental e resumo da vida cristã.
O Sermão da Montanha é um resumo do ensinamento de Jesus a respeito do Reino e da transformação que esse Reino produz. Elas anunciam a vinda do Reino através da palavra e ação de Jesus. Elas tornam presente no mundo a justiça do próprio Deus.
Jesus vivia de acordo com o que Ele anunciava. A Sua mensagem de esperança, de justiça, de igualdade, e, principalmente de amor foi atraindo multidões. A mensagem de Jesus não tinha fronteiras, Ele falava às pessoas vindas de todas as regiões, porque sua Boa-Notícia é para todos os povos.
Jesus anuncia o Reino e vem provar, por palavras e ações, que o Reino de Deus tinha chegado e estava se realizando na sua Pessoa. Neste texto vemos como Jesus mexe profundamente com a maneira de ver, de agir e de viver de todos nós. Aquilo que Deus ama é o que os homens desprezam. O que constrói o Reino é o que os homens colocam de lado.
Jesus ensina que onde estão os verdadeiros valores, está a verdadeira felicidade. Esses valores que Jesus mostra, não são os mesmos valores da sociedade. Por isso, Jesus é um sinal de contradição. Ele diz e vive os valores que a sociedade despreza. A sociedade está cada vez mais preocupada com lucros e não pensa, nem procura ajudar aqueles que nada têm.
Jesus condena os egoístas, os exploradores, os fingidos e os violentos. Jesus elogia e diz que são bem-aventurados, isto quer dizer, que são felizes: os pobres, aqueles que agora têm fome, aqueles que agora choram, aqueles que sofrem por causa das coisas de Deus..., estas pessoas pertencem ao Reino de Deus. Nesse discurso Jesus fala das alegrias que teremos no céu, dos valores do Reino que garantem nossa felicidade eterna.
Quando Jesus veio ao mundo, Ele encontrou: o Templo e a Lei. Os fariseus faziam a cabeça do povo. A Aliança era vivida assim: presença no Templo, observância da lei, oração, jejum, esmola, pureza nos ritos (pureza externa, física, doentes e defeituosos não podiam frequentá-los).
Certo dia, vendo a multidão, Jesus sobe a montanha, que simbolicamente é o lugar de Deus. Ele recorda o Monte Sinai, onde Deus deu a Moisés os 10 mandamentos e onde foi selada a Aliança com o povo hebreu que saiu da escravidão egípcia. Subindo ao monte, Jesus nos parece um novo Moisés, promulgador da nova lei, no novo Sinai. É a nova constituição do povo de Deus.  Jesus deixa bem claro que não veio modificar a lei, mas sim aperfeiçoá-la.
O Sermão da Montanha é uma inversão dos valores tradicionais. Os hebreus cultivavam a convicção de que prosperidade material, o sucesso eram sinais de bênçãos de Deus; a pobreza, a doença, a esterilidade eram sinais de maldição. Jesus constata a realidade do povo que o segue: pobres, aflitos, mansos, famintos, Ele percebe os esforços que fazem para mudar a situação, conhece as dificuldades e as perseguições que enfrentam para criar a nova sociedade, e os proclama felizes, depositários do Projeto de Deus.
As Bem-aventuranças são propostas de felicidade, e Jesus chama de bem-aventurados os pobres e humildes. Agora os bem-aventurados não são mais os ricos deste mundo, os saciados, os favorecidos, mas os que têm fome e choram, os pobres e perseguidos.
 Quem são os pobres em espírito? São os humildes, os que têm o coração desapegado dos bens terrenos, das riquezas. O rico de bens materiais pode ser pobre em espírito, sim, para isso é necessário usar o que se tem conforme o espírito do Evangelho: ser  pessoa aberta para Deus, que acolhe, não julga, perdoa, partilha seus bens, o serviço, a vida, solidário. Ser pobre em espírito é despojar-se das atitudes próprias de coração rico como a arrogância, a ambição, a autossuficiência, o domínio, a discriminação, o orgulho. A verdadeira riqueza não consiste nos tesouros desta terra, mas na graça, na virtude, nos merecimentos perante Deus e na amizade com Ele.
Os que choram. Esta vida é considerada um vale de lágrimas. A dor e a cruz fazem parte da nossa humanidade ferida pelo pecado. Há muitos que não entendem a razão dos sofrimentos e se revoltam contra Deus. É preciso saber aceitar as dores e as cruzes, saber sofrer com ânimo as misérias e dificuldades da vida, esses serão felizes e consolados por Deus.
Os mansos: (virtude apostólica) São pessoas compreensivas, ponderadas, prudentes, pacientes e gentis com o próximo. Que toleram pacientemente as impertinências, os defeitos do próximo, não têm atitudes de vingança. “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”(Mt 11,29). 
Os que têm fome e sede de justiça: A palavra justiça significa santidade. São pessoas que desejam realmente ser santos fazendo a vontade de Deus, construindo uma sociedade justa, sem corrupção. São os que mais se identificam com Jesus, que proclamou, até à morte, a justiça do Reino, não se acomodam e nem concordam com a injustiça das pessoas e da sociedade. “Meu alimento é fazer a vontade de meu Pai” (Jo 4,34).
Os misericordiosos: São pessoas que têm a coragem de perdoar e pedir perdão. Vivem o amor. São solidários, sabem partilhar, repartir, viver em comum união com o próximo e não quer tudo para si, não são egoístas.
Os puros de coração: São aqueles que fogem de todo o pecado. São pessoas bondosas, leais, de coração honesto e sincero. Que têm uma conduta reta e única, que é transparente, coerente, que tem moral, sinceridade, firmeza, ausência de hipocrisia. Vive em perfeita harmonia com o Reino. Têm mãos inocentes, sem crimes, sem mal. “Se o seu olho é puro, tudo em você é luz.”(Mt. 6,22).
 Os pacíficos: São pessoas que promovem a paz se mantendo em paz com o próximo e trabalham para que reine a paz entre seus semelhantes. Viver em paz não é cruzar os braços, mas é lutar, é transformar. A paz exige luta e perseverança. Querem construir um mundo onde haja paz para todos. Constroem o Reino de Paz entre as pessoas que vivem numa sociedade violenta e destruidora dos valores, e da natureza.
 Os que sofrem perseguições: São pessoas que se desinstalam, que saem de si para lutar por um mundo melhor, um mundo novo. Querem implantar a justiça do Reino e por isso são perseguidos, caluniados e muitos são martirizados.
As Bem-aventuranças são o ponto alto e o coração do Evangelho. Resumem todo o programa do Reino. Elas são o ideal cristão que todos devem buscar. Viver as Bem-aventuranças é seguir o que Jesus ensinou e nos mandou viver. Elas são a Boa-Nova, (Mt 5,3-12) que os cristãos devem difundir pelas suas boas ações. Vós sois o sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-16).
Nós que escolhemos ser cristãos não podemos ser iguais a todo mundo da sociedade. Os seguidores de Cristo têm que viver os valores do Evangelho. A fé e a esperança do cristão não esmorecem porque ele tem a promessa de Cristo: “Alegrem-se e exultem, porque grande será sua recompensa no céu”.

Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes     


         

Nenhum comentário:

Postar um comentário