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quarta-feira, 15 de março de 2017

O Impossível visível-Alexandre Soledade

27- Segunda - Evangelho - Jo 4,43-54


Bom dia!
Quem nunca foi surpreendido com uma decisão ou resposta que parecia impossível ou improvável? Quem nunca, ao se dar por vencido sobre um assunto, viu algo sobrenatural acontecer e reverter o caso? Quem ao reconhecer um milagre não se põe de imediato a agradecer a Deus e louvá-lo?
Sim! O Impossível visível lembra-nos de agradecer, mas e o simples, diário e corriqueiro? Lembramos? Será que precisamos de milagres ou efeitos extraordinários para acreditar no amor de Deus? Precisamos de confirmação?
Prestemos muita atenção na reflexão proposta pelo site da CNBB
“(…) Jesus declarou que um profeta não é honrado na sua própria terra. Como ele foi criado na cidade de Nazaré, que fica na Galiléia, fazia referência aos galileus, que precisavam de sinais e prodígios para crer e ficavam exigindo que Jesus operasse milagres que testemunhariam que ele de fato era o Filho de Deus. JESUS NOS MOSTRA QUE O PROCESSO É JUSTAMENTE O CONTRÁRIO: NÃO SÃO OS SINAIS QUE DEVEM NOS LEVAR A CRER, MAS É A NOSSA FÉ QUE DEVE PRODUZIR SINAIS DE REINO DE DEUS, SINAIS DE FRATERNIDADE, DE JUSTIÇA, DE AMOR, DE VIDA EM ABUNDÂNCIA. Porque ter fé significa ter a presença amorosa e solidária de Deus em todos os momentos da vida”.
Mas essa “cultura” não parou por ai…
Também no tempo dos atos dos apóstolos o povo cercava os discípulos em busca de curas e milagres, mas não se convertiam. A falta de fé e o medo de serem vistos como seguidores de Cristo fazia com que as pessoas não se engajassem. Falavam bem deles, mas poucos se entregavam a causa cristã.
“(…) Os apóstolos faziam muitos milagres e maravilhas entre o povo, e os seguidores de Jesus se reuniam no Alpendre de Salomão. Ninguém de fora tinha coragem de se juntar ao grupo deles, mas o povo falava muito bem deles”. (Atos 5, 12-13)
Muitas pessoas que participam de momentos de oração, grupos de oração, missas de cura e libertação (diga-se de passagem, toda missa é um momento de cura e libertação) e outros momentos propícios (inclusive uma simples prece), voltam para casa querendo ver aquilo que sentiu, ouviu ou pensou. Como bons “Tomés”: precisamos “ver para crer”. Nossa fé é baseada no que é visível, mas a verdadeira fé não é um ato visível e sim invisível.
“(…) Quem vive procurando nos milagres razões para acreditar (…); Já esqueceu que a fé é um caminho que os olhos não podem ver Que Deus está presente mesmo quando o milagre não acontecer”. (Canção Milagres – Adriana)
Vemos a morte de alguém querido, mas não persebemos a paz que ele (a) se encontrava quando partiu; vemos com tristeza a perca do emprego mas deixamos passar desapercebido a nova oportunidade que se aproxima e bate a porta; reclamamos do vestibular, da prova, do concurso perdido, mas deixamos de ver que talvez não fosse o momento e nem o curso certo para nós ou que não tivemos o empenho que deveríamos ter tido para o êxito; reclamamos do namoro terminado, mas deixamos de ver que talvez precisássemos amadurecer mais para uma nova etapa em nossas vidas.
Hoje talvez Deus esteja passando em sua casa, em sua vida, em sua oração e reanimando a fé na forma de um broto de esperança. Não volte pra casa sem acreditar! Tenha fé
“(…) Que Deus, que nos dá essa esperança, encha vocês de alegria e de paz, por meio da fé que vocês têm nele, a fim de que a esperança de vocês aumente pelo poder do Espírito Santo!”. (Romanos 15, 13-14)
Um imenso abraço fraterno!


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