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quinta-feira, 20 de julho de 2017

Mulher, por que choras?-Reflexão do falecido Padre Antonio Queiroz

22 de julho -- Sábado - Evangelho - Jo 20,1-2.11-18


Mulher, por que choras? A quem procuras?
Hoje celebramos a memória de Santa Maria Madalena. O Evangelho, próprio da festa, narra o encontro dela com Jesus, logo após a ressurreição.
“No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro.” Ela arriscou sua vida, porque Jerusalém era uma cidade grande, onde uma mulher andar sozinha, no escuro, na periferia, era perigoso. Mas quem ama arrisca e enfrenta perigos.
Madalena disse para aquele que ela pensava que fosse o jardineiro: “Dize-me onde o colocaste que eu irei buscá-lo”. Outra atitude própria de quem ama: vai além das próprias forças e faz coisas aparentemente impossíveis. Imagine uma mulher carregando o corpo de um homem! Mas até que poderia, pois o amor nos torna corajosos e nos dá força.
Nós sabemos que Maria Madalena, antes de se encontrar com Jesus, levava uma vida errada. Mas quem ama a Cristo é transformado por ele. Do mesmo modo que o ferro, em contato com o fogo, se transforma e muda até de cor, assim acontece com o ser humano quando entra em contato com Deus.
Ninguém vive sem amor. O amor é a chave da felicidade. Ele plenifica a nossa vida. E quando se trata do amor a Deus, mais ainda, porque é amor completo, sem restrições. E é tão fácil amar a Deus! A felicidade está 24 horas por dia ao nosso lado, nos esperando; basta abrir o nosso coração que ela entra. Ninguém precisa viver sozinho na vida, nem tem direito de ser infeliz
“Jesus disse: Maria! Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: Rabunni, que quer dizer: Mestre.” Madalena era de Mágdala, região onde se fala o hebraico. Jesus falava aramaico. Mas quem ama fala a língua da pessoa amada. Deus se comunica conversa conosco na nossa língua, na nossa cultura, do nosso jeito.
Madalena quer reter Jesus, mas ele disse: “Não me segures”. O amor cristão é universal, é aberto a todos, especialmente aos mais pequenos. É com esse amor que Jesus amava Madalena.
“Vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.” Jesus, que logo vai para o Céu, pede para Madalena direcionar para a Igreja todo o amor que tem por ele. Ele volta para o Pai, mas agora como nosso irmão, portanto, se Deus é Pai dele, é também nosso; se é Deus dele, é também nosso.
“Madalena foi anunciar aos discípulos: Eu vi o Senhor” É o amor a Deus manifestado na obediência alegre e pronta. O amor a Deus se manifesta de mil formas: no anúncio, na obediência, na caridade, no perdão, na perseverança...
Daí para frente, Madalena passou a viver como qualquer um de nós: amando a Jesus, presente no seu Corpo Místico, a Igreja.
A lição vale tanto para o amor matrimonial como para o amor a Deus, que é a fonte e o modelo do amor matrimonial. O amor, quando não é força, mas espontâneo, torna-se forte, como o amor de Madalena para com Jesus.
Certa vez, numa cidade de tamanho médio, um bairro da periferia ficou sem água. Caiu um gato na caixa d’água e morreu. E o povo não conseguia limpar a caixa, tinha de ser a prefeitura. Mas esta nunca vinha. Uma mulher foi à prefeitura, junto com a vizinha, as duas de cor negra, tentar falar com o secretário de águas e esgotos. Mas, além de não ser atendidas, foram humilhadas. Chamaram-nas de “enxiridas”, expressão local que significa abelhudas, quer dizer, estão entrando em lugar que não é delas.
A mulher ficou irritada. Voltou e fez um abaixo-assinado. Conseguiram duas mil assinaturas. Depois convidou a mesma vizinha e foram à prefeitura, levando as folhas do abaixo-assinado.
Adivinhe como foram recebidas. Levaram-nas para uma sala vip, onde havia poltronas de luxo. Trouxeram café para elas, depois vieram conversar com elas o secretário e o prefeito juntos. No dia seguinte os funcionários da prefeitura resolveram o problema.
O pessoal da prefeitura já sabia do abaixo-assinado, e logo haveria eleições municipais.
O nosso amor a Cristo se volta para o amor à Igreja, para o povo, especialmente os que sofrem. Que descubramos a força da nossa união e a usemos.
As duas podiam cantar depois: “Animados pela fé e bem certos da vitória, vamos fincar nosso pé e fazer a nossa história”.
São duas as marias que amaram muito a Jesus: sua Mãe e Maria Madalena. Nós pedimos a elas que nos ajudem a amar mais a Jesus, tornando-nos seus discípulos cada vez mais féis.
Mulher, por que choras? A quem procuras?


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