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domingo, 6 de março de 2016

Comentários Prof.Fernando

Comentários Prof.Fernando* 4 ºdom. Quaresma (preparação p/Páscoa)
 6 de março de 2016
E Deus o libertou de toda angústia (cf Salmo 33/34)

1)    O Regresso/o Renascido
·                    A recente premiação da indústria cinematográfica americana (Oscar) aumenta a divulgação mundial do filme O Regresso, ou O Renascido, na sua versão em Portugal, e cujo título original é The Revenant. Este termo em inglês significa tanto um “fantasma” vindo do outro mundo, como uma pessoa desaparecida que volta para casa depois de longa ausência. O roteiro e o livro de onde foi extraído, conta a história de um comerciante de peles que, depois de atacado por um usro, é largado pelos companheiros num território selvagem. Mas o personagem do ator Leonardo DiCaprio, sobrevive aos rigores do gelo, da neve e supera enormes dificuldades, escapando da morte porque quer retornar à sua terra e vingar-se dos que o abandonaram. Ele consegue voltar vivo. Ele é o Revenant. Seu Regresso faz dele um Renascido.
·                    Este 4ºdomingo da quaresma em 2016 traz para nossa meditação a conhecida parábola do Filho Pródigo. Sua situação é comparável ao herói do filme ganhador do Oscar. Sua aventura é sair da condição extrema de quase morte para reencontrar a casa paterna. A diferença é que não o move nenhum desejo de vingança e não foi abandonado por ninguém: ele mesmo se meteu na triste aventura de desperdiçar toda sua riqueza (herança antecipada do seu pai). Desesperado pensa em voltar e pedir perdão ao seu pai desejando apenas ser tratado como um dos funcionários da grande e rica fazenda da sua antiga família.
2)    O título desta história
·                    A parábola narrada em Lucas capítulo 15, tornou-se um clássico da literatura universal. E ficou conhecida como A parábola do Filho Pródigo, conta a triste aventura de quem abandonou a própria identidade, jogou fora sua herança. Ele se torna realmente o centro da história. Mas há uma introdução feita por Lucas às três parábolas a seguir apresentadas: a ovelha desgarrada; a mulher que “perdeu sua carteira” e todo seu dinheiro; e “os dois filhos” (um sai de casa, outro parmanece “trabalhando na fazenda”). A introdução é o contexto: Os publicanos [cobradores de impostos] e pecadores [pessoas marcadas na sociedade como marginais em relação à “pura” religião dos seus dirigentes] se aproximavam dele para ouvir suas palavras. E os Fariseus [do partido político-religioso dos que se consideravam os verdadeiros “observantes” da Lei mosaica] e os escribas [os “intelectuais” da época que se julgavam os verdadeiros entendidos na interpretação de sua religião] murmuravam: “Este homem, diziam eles, acolhe pecados e senta-se à mesa com eles!”. Então, lhes contou uma parábola (cf. Lucas 15,1-3).
·                    A terceira parábola é plena de sentidos, dentro da vida e das atividades realizadas pelo Mestre de Nazaré. Pode realmente ser lida e relida sob diversos aspectos apresentados pela Boa Nova de Jesus. Lucas talvez queria indicar o acesso dos pagãos à revelação que há séculos tinha sido feita ao povo judeu. Parece que era isso que irritava os fariseus que poderiam “enfiar a carapuça” ao ouvir sobre a atitude do segundo filho, o que tinha permanecido fiel em casa...
3)    A imagem de Deus, segundo a bíblia
·                    A terceira parábola é plena de sentidos, dentro da vida e das atividades realizadas pelo O tema predominante é sem dúvida o da infinita Misericórdia divina, tema tão caro a Lucas que era originário do mundo grego e estrangeiro à tradição judaica. É clara a posição do pai que abraça o filho anteriormente perdido, agora Revenant – voltando para casa. O pai sabe da fidelidade de um dos filhos, mas justifica os “exageros” dos presentes que dá ao filho pródigo porque este “estava morte e voltou à Vida!”. Já não interessa as idiotices do filho que pegou sua herança (e o pai nem tinha morrido...) e estragou a própria vida. O pai organiza uma festa. Nos evangelhos “festa” traz a noção de intimidade e comunhão. Reconciliação não é conclusão de um “contencioso”, acerto de contas, entre Deus e o ser humano, mas é relação de comunhão que restaura, que se retoma (J.Fournier). Podemos concluir com a observação do biblista J.Vitório: a parábola é uma aberta denúncia a determinado tipo de cristãos que, fechados na segurança de sua vida devota, acabam por cultivar atitudes contrárias ao modo de ser divino. (...) incapacidade de se alegrar com a conversão dos pecadores”. Porque talvez se considerem os únicos “justos”. Os “outros são pecadores. Mas pela fé reconhecemos que só Deus é Bom (cf.Mc10,18).

·                    oooooooo ( * ) Prof. (Edu/Teo/Fil,1975-2012) fesomor2@gmail.com

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