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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

“A santidade começa agora na terra” - Claudinei M. Oliveira.





Domingo, 06 de novembro  de 2016.

I Leitura – Apocalipse 7,2-4.9-14
Salmo – 23 (24)
II Leitura – 1 João 3,1-3
Evangelho – Mt 5,1-12


Alegremo-nos no Senhor neste domingo da graça  ao celebrarmos a festa de Todos os Santos e Santas de Deus. Enchemo-nos do Espírito Santo que anima a reconhecer naqueles que santificaram suas vidas em favor do anúncio da Boa Nova, para fazermos a mesma praticidade. São exemplos para o seguimento da caminhada que nos levam para a vida feliz no céu, pois adquirimos o limo da Verdade e da Justiça para nos selarmos com o projeto divino. O projeto da paz!

Ao proclamar as palavras reveladas que liberta e dá vida o cristão aproxima do Deus Todo-Poderoso que está sentando no Trono acima da terra. A esperança da labuta diária, feita na doutrina dos mandamentos, preenche os corações das pessoas para uma vida espiritual  com Deus. Os santos fizeram de forma plausível sua missão. Muitos lutaram contra a opressão, foram violentados e martirizados em nome de um propósito: ver a sociedade e o povo de Deus na paz e na harmonia.

Como o autor do livro de Apocalipse afirma que viu um anjo subindo no lado do sol nascente gritando: “não façais mal à terra, nem ao mar, nem às árvores, até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus”. Sinal do batismo no Cristo ressuscitado. O Cordeiro que foi imolado para salvar a humanidade do pecado quer justiça e harmonia na terra dos viventes. Por isso que a maldade feita na terra pode destruir uma sociedade completa. Os santos de Deus revela para a humanidade o cuidado com a vida para que o tempo na terra se completa na docilidade de Deus.

O grito do anjo é o alerta para com o povo escolhido. Pois diante de Deus no Trono com suas roupas alvejantes mostra toda despretensão das luxurias do mundo e uma  vida nova na qual entraram pelo batismo e que se plenifica na glória celeste . Um despojamento necessário para chegar ao pai. Todos já pertencem a Deus e depois chegarão à glória do Senhor, e estarão de pé diante de seu Trono.

Visto que a salvação pertence a Deus que está sentado em seu Trono e Ele dá a oportunidade para a santificação ainda na vida terrena quando banhado pelo sangue do  Cordeiro, isto é, quando selado pelo batismo. Essa adesão coloca o seu povo escolhido nas doze tribos de Israel, multiplicando sempre, chegando a simbologia de cento e quarenta e quatro mil. Esse povo de Deus ganha a vida santificante na terra para chegar na plenitude dos céus e fazer morada ao lado do Deus no Trono.

Com isso queremos dizer que a vida na terra já começa a preparar a morada no céu. Com ações concretas voltadas nos quatro cantos do mundo podem revelar a mensuração da vida espiritual. Olhar sempre para o Oriente, lugar onde a estrela brilhou e anunciou para os reis magos o nascimento do salvador, para ver a santidade de um Deus justo que cobrará o que foi feito na terra.

Sabemos que tudo que vemos, tocamos e sentimos pertencem ao Criador. Como afirma na resposta do Salmo vinte e três: “é assim a geração dos que procuram o Senhor”. Procura o Senhor porque tudo pertence a Ele como a terra e o  que ela encerra, o mundo inteiro que com os seres que o povoam. Nada foi feito sem as mãos do Criador. Ele é o artesão perfeito e fez tudo com carinho. Colocou a disposição para o homem usufruir com honestidade, sem a pretensão de usura e sem o individualismo. Nosso Deus é coletivo e não individualista.

Perguntamos com sinceridade: quem subirá para perto do Trono Sagrado? Quem irá fazer morada junto ao Pai Celestial? Tem uma prerrogativa: “quem tem mãos puras e inocente coração e quem não dirige sua mente para o crime”. Perfeito para viver na eternidade como santos e santas de Deus.

Mãos puras e um coração inocente são aqueles que lavaram com o sangue de Jesus no calvário, na busca do perdão. Passaram a viver na dignidade de Deus e nada fazem se não for para o bem de todos. Ter mãos puras é ter ações concretas para ajudar uma multidão de pessoas que ainda não encontrou Deus como verdadeiro homem.

Já na Segunda Leitura de 1 João temos a confirmação da filiação divina. Somos filhos de Deus e essa pertença nos ilumina frente ao rosto de Deus. Mesmo que o mundo não reconheça essa pertença da santidade com o divino, nosso Deus nos glorifica pela sua criatura. O batismo mais uma vez nos confirma o laço familiar e fraternal com o Criador de todas as coisas.

Acreditar e ter a fé viva  no Sagrado nos dá a certeza da uma vida bondosa com Deus. Essa esperança deve guiar nossa vida e nos motivar a fidelidade, trazendo valores de uma sociedade que pode rejeitar o Evangelho para o confronto com ensinamento de Deus, assim, o cristão não só se santifica como também santifica a história.

No Santo Evangelho Jesus sobe ao monte para rezar e começa e ensinar os discípulos. Sua educação perpassa  as ideologias da do mundo farisaico e atenua nas bem-aventuranças que anunciam promessas de uma caminhada livre para o Trono. Assim, nas palavras de Jesus os que são nada no mundo são ditos como felizes esses serão bem-aventurados.

As bem aventuranças são imagens  da nova ordem social, de um mundo novo, do reino que Jesus inaugura e que deve iniciar logo. Não se pode esperar o amanhã, ai poderá ser tarde. O efeito da palavra de Jesus deve percorrer todo o universo dos vivos para sensibilizar as decisões do homem avarento ou daqueles que ainda não aderiu ao projeto do Novo.

As bem-aventuranças retratam o próprio Jesus: Ele é o primeiro a ser pobre em espírito, manso, misericordioso, solícito e amável. Essas orientações para os discípulos pode enaltecer sua vida junto com o povo em missão.

A professora do departamento de Teologia da PUC/Rio, Maria de Lourdes afirma lindamente que “os santos viveram essa assimilação à pessoa de Jesus. São hoje bem-aventurados no céu, mas já começaram, pela vivência cotidiana dos valores das bem-aventuranças, a sê-lo nesta terra. A vida segundo o Evangelho não é uma vida tristonha, revoltada, mas já nos faz, aqui e agora, saborear a bem aventurança celeste. Quem está com Jesus já participa na sua vida concreta, da bem-aventurança prometida”.

Portanto, não se trata de uma divisão entre ser santo e pecador, apesar de não poder negar a diferença. Contudo a santidade da igreja é realidade que se verifica no interior de cada cristão. Cada um pode ter em si algo da santidade e algo do pecado. A igreja é santa naquilo que no coração de cada fiel leva a Deus e a dedicação sem limites aos irmãos.

As bem-aventuranças que Jesus proferiu para os discípulos mostram o norte da igreja atuante. Uma igreja que se preocupa com os mais pobres e com aqueles que ainda insistem em não aceitar o Evangelho. A humildade das bem-aventuranças nos ensina que o vida terrena não pode haver tristeza, desolação, marginalidade e mortes; mas deve sim ter alegria centrada na pessoa do Criador. Ele nos espera sentado no Trono cercado de anjos para iniciar uma nova vida de “santos e santas” de Deus.

Tenha um abençoado domingo. Amém.

Abraços
Claudinei M. Oliveira






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